João Campos: Falta de investimento aumentou a insegurança da população
Pesquisa do Ipea indica que nove entre dez brasileiros têm medo de ser vítima de um crime
Pesquisa do Ipea indica que nove entre dez brasileiros têm medo de ser vítima de um crime
Brasília (06) – A omissão do governo federal na segurança pública dos estados faz com que a maioria da população brasileira viva assombrada pela violência. A avaliação do deputado João Campos (GO) tem como base dados divulgados na última semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o levantamento, nove em cada dez brasileiros têm medo de ser vítima de crimes como homicídio, assalto a mão armada e arrombamento de residência. O temor é intenso para cerca de 70% das pessoas e um pouco menor para cerca de 20%. O receio de agressão física é comum a 70% dos entrevistados.
Para o tucano, há oito anos o governo abandonou o compromisso com ações na área e, por isso, a sensação de insegurança dos brasileiros está nessa situação crítica. “Isso acontece na medida em que o governo não assumiu a coordenação de uma política de segurança pública para o país e não definiu uma linha de investimento. O setor ficou sucateado, dando espaço para o crescimento da violência. Percebendo isso, a população se sente insegura”, criticou.
Os dados do Ipea, compilados no Sistema de Indicadores de Percepção Social sobre Segurança Pública (Sips), mostram também que o sentimento da população em relação à criminalidade varia conforme a região. No Nordeste, 85,8% têm medo de homicídio, ante 78,4% no Norte e no Sudeste, 75% no Centro-Oeste e 69,9% no Sul.
Além disso, a pequisa revela que as mulheres têm mais medo de serem mortas do que os homens. O temor também é maior entre os que não foram vítimas de algum tipo de crime nos últimos 12 meses. O arrombamento de moradias preocupa menos a classe média e mais os pobres e os ricos: têm muito medo desse crime 71,8% dos que ganham até dois salários mínimos e 76,3% dos que recebem acima de 20.
Ainda segundo o estudo do Ipea, o quadro de insegurança se soma ao de insatisfação e de baixa aprovação dos serviços policiais. Na avaliação do deputado, é necessáio que a próxima presidente assuma a coordenação nacional de uma política de segurança pública e de formação dos novos policiais.
Fonte: Diário Tucano