Em dois anos de Lava Jato, Petrobras já demitiu 170 mil funcionários
Brasília (DF) – Os desdobramentos da Operação Lava Jato, que, neste mês, completou dois anos de investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras, continuam refletindo diretamente no cenário político-econômico do país. Desde março de 2014, a estatal e suas subsidiárias já demitiram 169,7 mil pessoas. O corte representa o equivalente a 61% da equipe atual, que estava em 276,6 mil em fevereiro deste ano, menor número registrado desde 2006.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (29), em dezembro de 2013, eram 446,3 mil pessoas trabalhando nas empresas. De lá para cá, de cada 10 funcionários, quatro foram dispensados. Os dados foram compilados com base em informações apresentadas ao conselho de administração da estatal e da pesquisa nos relatórios publicados pela empresa nos últimos 12 anos.
A maior parte das demissões na estatal aconteceu entre prestadores de serviço que realizavam obras. O número de pessoas nesse setor passou de 175,8 mil pessoas em dezembro de 2013 para apenas 30,8 mil em fevereiro de 2016.
A publicação afirma que os cortes começaram ainda em 2014, último ano de Graça Foster no comando da empresa, quando 74,3 mil perderam o emprego, e se intensificaram sob o comando de Aldemir Bendine, que cortou 95,4 mil até fevereiro deste ano. Após as demissões, a Petrobras está, hoje, com um efetivo semelhante ao de 2007.
Ainda de acordo com a reportagem, há cerca de um mês, começaram a circular na Petrobras informações sobre a abertura de novo plano de demissão voluntária (PDV). O corte pode chegar a 15%, ou seja, até 12 mil empregados podem perder o posto. Apesar da estatal negar a decisão, representantes dos trabalhadores dizem que os detalhes devem ser apresentados em breve ao conselho de administração.
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