Macri afasta Argentina de governos bolivarianos e aposta na diplomacia para recuperar o país
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, parece disposto a cortar todos os laços que o kirchnerismo criou com regimes bolivarianos como a Venezuela de Nicolás Maduro. Ao mesmo tempo em que abandona os velhos amigos de sua antecessora, Cristina Kirchner, Macri deve estreitar relações diplomáticas com países como Estados Unidos e Brasil, segundo informações de matéria publicada pela Folha de São Paulo nesta segunda-feira (8).
Uma das demonstrações dessa nova postura na diplomacia foi a ida de Macri ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, após 12 anos sem a Argentina mandar um representante ao evento. Lá, o líder argentino iniciou conversas com o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, para um encontro com Barack Obama, além de ter erguido bandeira branca para o Reino Unido, histórico rival da Argentina por conta da disputa pelas Ilhas Malvinas.
Já o afastamento da Venezuela foi facilitado, além das diferenças de ideologia, pelo fato de os negócios realizados com o país no setor energético não serem mais tão relevantes por conta da queda no preço de petróleo no mercado internacional.
Relações com o Brasil
Apesar de Dilma Rousseff ainda manter relações com governos antidemocráticos como o de Maduro, Mauricio Macri vê o Brasil como um importante parceiro tanto politicamente quanto economicamente, o que deve aumentar o intercâmbio entre os dois países nos próximos anos. Ainda de acordo com a Folha, desde 2011, quando a troca de produtos entre Brasil e Argentina atingiu seu ápice, houve queda de 42% nas negociações entre as duas nações por conta de travas comerciais que devem ser retiradas por Macri.