Macris vai requisitar ao TCU informações sobre Petrobras

Ele quer saber se estatal tem capacidade para comprar parte da portuguesa Galp

Acompanhe - 13/01/2011

Ele quer saber se estatal tem capacidade para comprar parte da portuguesa Galp

Brasília (13) – O deputado Vanderlei Macris (SP) apresentará requerimento de informação ao Tribunal de Contas da União (TCU) para saber quanto a dívida da Petrobras poderá aumentar caso a estatal efetue a compra de 33,3% das ações da petrolífera portuguesa Galp.

Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, se a empresa brasileira comprar as ações dos italianos, como deseja o governo brasileiro, seu endividamento deve aumentar em cerca de R$ 8,7 bilhões.

Com investimentos de US$ 224 bilhões até 2014, a Petrobras corre o risco de não conseguir gerar caixa suficiente para pagar suas despesas, informa o jornal.

“É importante que tenhamos informações mais detalhadas para que seja esclarecido se esse processo pode, de fato, endividar ainda mais a Petrobras. Vamos agir como oposição responsável e mostrar ao país a necessidade de que esses números venham à tona”, justificou. O requerimento será apresentado já no início das atividades parlamentares, em fevereiro.

Para Macris, é necessário cautela ao se realizar um negócio desse porte. Segundo o parlamentar, o momento não é propício e a Petrobras agirá corretamente se não ceder às pressões políticas. “O presidente Lula fez uma série de traquinagens na fase final de seu governo e essa é mais uma delas. Sua atitude leva o país a ter problemas e mostra claramente que não há nenhum compromisso com a austeridade”, criticou.

“O pré-sal ainda é algo em estudo e já está motivando gastos acima do necessário e provocando uma instabilidade nas contas da empresa. Decisões como essa são apressadas, sem o mínimo de responsabilidade com o que poderá acontecer no futuro”, acrescentou.

A polêmica sobre a participação da Petrobras na estatal portuguesa começou quando o ex-presidente Lula firmou acordo com o primeiro-ministro português, José Sócrates, para exploração do campo de Tupi. O acordo foi reafirmado pela presidente Dilma Rousseff e representa a entrada da estatal brasileira no comando da Galp, hoje controlada por italianos e angolanos.

Fonte: Diário Tucano

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13/01/2011