Macris vai requisitar ao TCU informações sobre Petrobras
Ele quer saber se estatal tem capacidade para comprar parte da portuguesa Galp
Ele quer saber se estatal tem capacidade para comprar parte da portuguesa Galp
Brasília (13) – O deputado Vanderlei Macris (SP) apresentará requerimento de informação ao Tribunal de Contas da União (TCU) para saber quanto a dívida da Petrobras poderá aumentar caso a estatal efetue a compra de 33,3% das ações da petrolífera portuguesa Galp.
Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, se a empresa brasileira comprar as ações dos italianos, como deseja o governo brasileiro, seu endividamento deve aumentar em cerca de R$ 8,7 bilhões.
Com investimentos de US$ 224 bilhões até 2014, a Petrobras corre o risco de não conseguir gerar caixa suficiente para pagar suas despesas, informa o jornal.
“É importante que tenhamos informações mais detalhadas para que seja esclarecido se esse processo pode, de fato, endividar ainda mais a Petrobras. Vamos agir como oposição responsável e mostrar ao país a necessidade de que esses números venham à tona”, justificou. O requerimento será apresentado já no início das atividades parlamentares, em fevereiro.
Para Macris, é necessário cautela ao se realizar um negócio desse porte. Segundo o parlamentar, o momento não é propício e a Petrobras agirá corretamente se não ceder às pressões políticas. “O presidente Lula fez uma série de traquinagens na fase final de seu governo e essa é mais uma delas. Sua atitude leva o país a ter problemas e mostra claramente que não há nenhum compromisso com a austeridade”, criticou.
“O pré-sal ainda é algo em estudo e já está motivando gastos acima do necessário e provocando uma instabilidade nas contas da empresa. Decisões como essa são apressadas, sem o mínimo de responsabilidade com o que poderá acontecer no futuro”, acrescentou.
A polêmica sobre a participação da Petrobras na estatal portuguesa começou quando o ex-presidente Lula firmou acordo com o primeiro-ministro português, José Sócrates, para exploração do campo de Tupi. O acordo foi reafirmado pela presidente Dilma Rousseff e representa a entrada da estatal brasileira no comando da Galp, hoje controlada por italianos e angolanos.
Fonte: Diário Tucano