Maduro faz novas ameaças e pede que Forças Armadas da Venezuela se preparem para lutar

Acompanhe - 16/12/2015

Dilma Rousseff recebe presidente da VenezuelaBrasília (DF) – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez novas ameaças à oposição e pediu que as Forças Armadas estejam preparadas para lutar. A declaração foi dada poucos dias após a oposição conquistar maioria da Assembleia Nacional, ocupando dois terços das cadeiras do Congresso venezuelano. O deputado federal e membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara Eduardo Cury (PSDB-SP) vê as ações de Maduro como provas de queda da popularidade do governo venezuelano.

“O que estamos vendo na Venezuela são os últimos dias de uma ditadura que está se finalizando. A Venezuela está pagando um alto preço por ter apostado em um regime populista ditador de esquerda e agora essa casa está caindo”, afirmou.

Segundo o tucano, a derrota do chavismo nas eleições do último dia 6 reflete o esgotamento dos venezuelanos com o regime. “Uma eleição legislativa onde houve dois terços dos votos para a oposição mostra que a população cansou de ser enganada e o que precisa agora é continuar essa abertura”, reiterou.

De acordo com reportagem do jornal O Globo de sexta-feira (12), Maduro abandonou o tom moderado dos primeiros dias após a perda da maioria qualificada na Assembleia Nacional. Na última semana, o presidente advertiu que vai vetar a lei de anistia para presos políticos, uma das maiores promessas de campanha da coalizão opositora.

Futuro

Cury teme pelo futuro da Venezuela e acredita que o Brasil deve parar de apoiar o governo vigente. “O governo brasileiro precisa parar de apoiar essa ditadura porque como maior país da América Latina, o mais influente, ele tem obrigação sim com a estabilidade democrática da nossa região para que a transição democrática aconteça no nosso importante vizinho”, destacou.

Nicolas Maduro anunciou também a renovação do quadro de juízes do Tribunal Supremo de Justiça. O chefe de estado disse que fará mudanças no governo escutando o povo.

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16/12/2015