“Maioridade do Real e respeito político”, por Thelma de Oliveira
Artigo da presidente do PSDB-Mulher, Thelma de Oliveira (MT)
No domingo 1º de Julho o Plano Real do presidente Fernando Henrique Cardoso completa 18 anos, a sua maioridade temporal.
Esgotados todos os planos mirabolantes e miraculosos dos presidentes da República anteriores, o saudoso Itamar Franco pediu ao seu então ministro da Fazenda um plano econômico consistente e duradouro.
Com uma equipe econômica genuinamente tucana – Pérsio Arida, Gustavo Franco, Edmar Bacha, Eduardo Jorge e outros – Fernando Henrique engendrou um plano que acabou com a inflação já na casa dos 40% mensais, desindexou a economia, preservou o poder de compra dos trabalhadores e trouxe a tão desejada estabilidade econômica ao País.
Foi o Plano Real que permitiu aos governos posteriores ao de Fernando Henrique avançar na geração de emprego, no atendimento aos mais carentes e no crescimento econômico, mesmo com os sérios equívocos cometidos no decorrer dos últimos dez anos.
Não pode, portanto, o atual e o ex governo petista vangloriar-se de seus feitos econômicos e sociais sem creditar, a quem de direito, os méritos da estabilidade econômica do país.
Não haveria o desenvolvimento no Brasil, nos dias de hoje, se não houvesse Fernando Henrique e seus colaboradores tucanos, sem o apoio dos governadores à época como Mário Covas, Dante de Oliveira, Tasso Jereissati, Marcelo Alencar, senadores e deputados federais do PSDB no Congresso Nacional.
Nunca é tarde lembrar, nesses dias de comemoração dos 18 anos do Plano Real, que o PT sempre votou contra as principais medidas das Medidas Provisórias que o criaram desde fevereiro de 1994.
Como mesmo admitiu o ex-presidente Lula, naquela época ele era oposição a tudo e a todos, inclusive aos interesses do Brasil. “Quando a gente é de oposição, pode fazer bravata porque não vai ter de executar nada mesmo. Agora, quando você é governo, tem de fazer, e aí não cabe a bravata.”, disse a empresários.
De fato, o PT e suas bravatas votaram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), contra o Programa de Privatização que permitiu a modernização da telefonia brasileira, no firme comando do saudoso Sérgio Motta, outro líder tucano.
Imaginemos, como exercício, o quão difícil seria controlar os gastos públicos sem a presença legal de uma LRF. Ou como seria praticamente impossível aparecerem milhões de micro empresários sem o seu principal instrumento de trabalho, um celular!
As recentes e permanentes crises financeiras internacionais mostram como o modelo do sistema bancário nacional, com o Proer, se mostrou seguro e eficiente no gerenciamento da crise – inclusive servindo de parâmetros para outros países.
E o PT votou contra o Proer, apesar de hoje tentar se apoderar desse e outros programas inovadores do governos de Fernando Henrique Cardoso, como o Programa Comunidade Solidária da primeira-dama Ruth Cardoso.
Programas assistenciais e de distribuição de renda só foram factíveis após a estabilização econômica do país, ao saneamento das empresas estatais, com a criação de agências reguladoras e a consolidação da dívida dos estados.
E isso tudo aconteceu nos governos de Fernando Henrique Cardoso, que teve a sensibilidade política, a capacidade gerencial e a persistência de um único rumo: o de mudar a história econômica, política e social desse nosso querido Brasil.
E, mesmo os adversários de sempre, os bravateiros de ontem, devem ter honestidade intelectual e respeitar o governo tucano que mudou a face desse País!
Thelma de Oliveira
Presidente Nacional do PSDB-Mulher