Maquiagem dos números não esconde problemas do PAC

A execução do programa é claudicante, diz o tucano Alvaro Dias

Acompanhe - 13/12/2010

A execução do programa é claudicante, diz o tucano Alvaro Dias

Brasília (13) – No último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) realizado na quinta-feira,  para encerrar o governo do Presidente Luiz Inácio da Silva, Lula usou seu próprio personagem para tentar esconder os números verdadeiros. Mas, de nada adiantaram as brincadeiras, os recadinhos indiretos e os trocadilhos presidenciais.

O senador Alvaro Dias lamentou que os dados apresentados tenham sido maquiados. Para o parlamentar paranaense, a verdade é que mesmo com dados inflados, o balanço tenha revelado os problemas de gestão na administração dos investimentos. Para o tucano, o governo Lula foi “espetaculoso” do início ao fim com as obras e a execução dos empreendimentos previstos no PAC.

Alvaro Dias mostrou que o governo usou números da programação orçamentária em seu balanço e não do cronograma físico. “Se consideramos setores essenciais para a população, como saneamento básico e habitação, é deplorável afirmar, mas a execução é claudicante”, enfatizou.

De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”,  o balanço final dos quatro anos do PAC foi inflado, maquiado e ainda encobriu atrasos nas principais obras. Segundo a reportagem, o  programa está com 32% de obras inacabadas e os números foram distorcidos porque o governo reduziu a projeção das obras que deveriam ter sido concluídas em 2010.

Foi o jeito que o governo do PT encontrou para aumentar o índice de sucesso do programa. O relatório oficial apresentado por Lula com o andamento do programa diz que 82% das obras foram concluídas no prazo previsto e 94% do dinheiro foi liberado, o que inclui projetos ainda em andamento.

A “Folha” denunciou também que o governo, para tentar mostrar desempenho satisfatório, carimbou com o selo de “verde” obras que na realidade estão atrasadas. Um dos exemplos é o trem-bala. A licitação prevista para este ano foi adiada para 2011, mesmo assim a obra permanece como se estivesse no prazo normal.

Para o senador, é preciso lembrar que outro problema em obras é o superfaturamento, especialmente naquelas sob a administração da Petrobras. Segundo o parlamentar, estão nessa situação a Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, e a Getúlio Vargas, no Paraná. Além disso, lembra o tucano, na obra do Nordeste, o Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu um superfaturamento de US$ 2 bilhões.

Agência Tucana com Diário Tucana

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13/12/2010