Marconi: “Queremos apoiar o governo a levar o Brasil para um porto seguro”
Ao participar, na tarde de hoje, de confraternização com membros da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg), no Palácio das Esmeraldas, o governador Marconi Perillo pontuou que o PSDB tem como maior preocupação a recuperação econômica do país e que, em razão disso, está unido no propósito de auxiliar, caso se concretize o eventual governo Temer, a levar o Brasil para um porto seguro.
Marconi informou que esteve reunido com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, e com governadores do partido na manhã de hoje. Durante a reunião, o PSDB aprovou o documento, elaborado com a anuência de todos os líderes do partido, com 15 princípios que acredita serem fundamentais para mudança do atual quadro político e econômico do país. O documento seria entregue por Aécio ao vice-presidente na tarde de hoje.
“É importante traduzir o que nós do PSDB estamos discutindo nesse momento. Primeiro: nós reconhecemos que o PSDB, por ser o principal partido de oposição no Brasil, por ter tido uma performance muito boa nas últimas eleições com mais de 50 milhões de votos, e por ter apoiado fortemente o impeachment na Câmara, tem responsabilidade em relação ao Brasil. Tem responsabilidade em relação à mudança das práticas no Brasil”, afirmou.
“E acredito que nós agimos bem ao entregar hoje em nosso nome um documento com princípios e valores que nós defendemos. São 15 princípios e valores que vão definir se nós vamos estar mais dentro do eventual novo governo ou menos. Nós queremos que o vice-presidente nos responda em relação às questões que nós estamos pontuando. O primeiro princípio é o de continuar apoiando as investigações e combatendo a corrupção. O segundo é a reforma política, depois reformas estruturantes”, discorreu.
O governador reiterou que o preocupa a primeira fotografia do eventual governo, e questionou, durante o evento, pontos primordiais que a representarão: “Nós vamos ter as mesmas caras, as mesmas figuras, figuras carimbadas? Políticos que já participaram de outros governos e que não colaborarão para que façamos um avanço? Vamos continuar com essa quantidade de ministérios? Eu defendo a redução na metade, mas acho que o governo não vai ter condições de fazer isso. Qual vai ser o discurso? Quais serão as mudanças concretas?”, indagou.
Afirmou que o PSDB intenciona participar ativamente no que diz respeito às reformas estruturantes que precisam ser feitas no país. “Nós do PSDB podemos entrar de cabeça e apoiar as reformas independentemente de termos cargo algum. Eu fui o primeiro governador a falar hoje na reunião e disse que eu não preciso de cargo nenhum. Eu não tive nesses últimos 14 anos nenhum cargo no governo federal. Suportamos o fato de sermos oposição durante esse tempo todo. E todos os governadores concordaram comigo que ninguém de nós está preocupado com cargo. Estamos preocupados é com a agenda para a recuperação econômica do país. Estamos preocupados com a agenda institucional relativa ao Pacto Federativo. Também com o apoio institucional em relação ao governo”, enfatizou.
Marconi reafirmou que o PSDB conta com quadros extraordinários para administrar o Brasil e que o partido está disposto a emprestá-los, se o eventual presidente convidá-los. “Para os brasileiros voltarem a acreditar em um governo – especialmente no governo central – é preciso saber quem vai ser o ministro da Saúde, da Educação; quem vai ser o comandante da economia, que já está mais ou menos claro que vai ser o Meirelles e nele nós acreditamos. Nele eu acredito. Quem vai ser o ministro do Desenvolvimento, do Planejamento, da Justiça, porque essas coisas contam muito. Confesso que nós todos temos preocupação em relação ao tempo, às práticas, às reformas. O Brasil está no fundo do poço da economia. Se não tivermos medidas rápidas, com credibilidade, não vamos conseguir chegar muito longe”, observou.
Ele disse esperar que a agenda do próximo governo seja concatenada com os estados e com os municípios no sentido de tentar repactuar a federação. “O governo federal terá de considerar enormemente a força do nosso Estado. Não é força do governador, é a força econômica, política, social, cultural do nosso Estado. E eu serei um dos intérpretes dessas demandas que todos nós teremos que fazer junto ao governo federal. Queremos apoiar o governo na transição e para que leve o Brasil a um porto seguro. Essa é nossa grande preocupação”, reiterou.
Da assessoria do governador