Marcos Valério pediu propina para excluir Lula do mensalão, diz reportagem da Veja
Segundo texto, pedido foi feito ao senador Delcício Amaral (PT-MS), presidente da CPI dos Correios
O empresário Marcos Valério, principal operador do esquema do mensalão, pediu a líderes petistas uma “compensação financeira” para que não citasse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seus depoimentos sobre o sistema de compra de apoio político no Congresso descoberto em 2005. O pagamento foi pedido ao senador Delcídio Amaral (PT-MS) e fez com que Lula se mantivesse à parte das investigações sobre o esquema, que motivou duas CPIs no Congresso Nacional e um julgamento que, realizado em 2012, levou a antiga cúpula do PT, como os ex-ministros e ex-presidentes do partido, José Dirceu e José Genoino, à cadeia.
Veja expõe também a “metamorfose” desempenhada por Lula em relação ao mensalão. O ex-presidente, assim que o escândalo veio a público, tentou resumir o mensalão a um esquema de financiamento irregular de campanhas eleitoral. Porém, menos de dois meses depois, mudou o discurso: em agosto de 2005 falou que havia sido “traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento”. Por fim, depois de deixar o mandato, passou a definir como uma de suas metas na vida política o desmonte da “farsa do mensalão”.
A revista relembra o julgamento histórico de 2012 e o papel dos ministros do STF Celso de Mello e Joaquim Barbosa para a condução do caso. “”São eles, corruptores e corruptos, os profanadores da República, os subversivos da ordem institucional, são delinqüentes e marginais da ética do poder, são infratores da ordem do Erário e trazem consigo a marca e o estigma da desonestidade”, declarou Mello. No entanto, cita Veja, o mensalão foi concluído pelo Judiciário sem que se houvesse uma indicação precisa de quem tenha sido o beneficiário do esquema.
A reportagem é concluída com um paralelo entre o mensalão e o petrolão. Veja destaca reportagem feita pela revista em 2005 que mencionava nomes como os de Renato Duque e Augusto Mendonça, que hoje ocupam lugares de destaque no sistema de desvio de recursos da Petrobras.
Clique AQUI para ler um trecho da reportagem no site de Veja.