Medidas de estímulo ao crédito adotadas pelo governo Dilma são “desespero de última hora”, avalia tucano
Brasília (DF) – Em mais um esforço para driblar a crise produziu no país, o governo da presidente Dilma Rousseff adotou medidas de estímulo ao crédito para tentar reativar a economia. No entanto, o pacote, que conta com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de bancos públicos, continua apenas no papel. Somente 2,7% dos R$ 83 bilhões prometidos foram efetivamente desembolsados.
Reportagem do jornal O Globo desta terça-feira (29) revelou que, após dois meses, o pacote está travado por uma série de fatores, entre eles, segundo analistas, o pouco apetite de famílias e empresas em tomar empréstimos neste momento, com endividamento alto e falta de confiança no rumo da economia do país.
Para o deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO), o governo persiste no erro ao continuar fazendo a “velha e equivocada” política da nova matriz econômica. “Eles acham que, ofertando crédito, vamos aquecer a economia e resolver o problema do Brasil. O caminho é o contrário. A solução é produção, aumento da produtividade e competitividade para gerar empregos e desenvolvimento para o pais”, afirmou.
A publicação destacou também que, atendendo à determinação do governo de impulsionar o crédito, a Caixa Econômica Federal elevou os juros dos empréstimos habitacionais, residenciais e comerciais menos de 20 dias depois de aumentar o percentual do imóvel que pode ser financiado. O aumento no financiamento passou de 9,90% ao ano para 11,22% ao ano.
De acordo com o tucano, na atual conjuntura da crise político-econômica, as medidas adotadas pelo governo do PT não passam de um “desespero de última hora”. “Não há solução no curto prazo, muito menos com essa política atrasada do PT, que estamos vendo que não deu certo. O Brasil só conseguirá sair desse atoleiro com medidas de longo prazo. É preciso de coragem para dar um novo salto e tirar o país desse lamaçal”, completou.