Mercado reage positivamente à escolha de Anastasia como relator da comissão do impeachment
Bolsa de Valores de São Paulo registrou alta de 2,35% e o dólar recuou 0,83%, cotado a R$ 3,519
A escolha do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) como relator da comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado provocou a reação positiva do mercado financeiro nesta terça-feira (26). A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) registrou alta de 2,35%, a 53.082 pontos. Já o dólar recuou 0,83%, cotado a R$ 3,519.
Os agentes econômicos acreditam que, com a escolha de um relator da oposição para a comissão especial, o afastamento da presidente Dilma terá maior probabilidade de acontecer. Otimistas, também, com a possibilidade de o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), os analistas apostam que o Palácio do Planalto terá condições de tocar a política econômica com mais afinco. As informações são de matéria publicada hoje (27) pelo jornal Correio Braziliense.
O deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP) acredita que não só o mercado, mas a sociedade toda reagiu bem à indicação do tucano. “A escolha do senador Anastasia mostra inteligência dos nossos parlamentares. Ele é um dos melhores quadros não só do PSDB, mas do país. Anastasia fará um relatório do ponto de vista técnico perfeito e do ponto de vista político algo que vai captar o sentimento de todo o Brasil que é: esse governo não tem mais condições de continuar”, afirmou.
Covas ressalta que, mais importante do que os nomes cotados para assumir os ministérios em um eventual governo Temer, será o programa que o vice-presidente pretende implementar em sua gestão. “O mais importante é a renovação da esperança da sociedade. Espero que não tenhamos só bons nomes, mas sim, bons programas que sejam capazes de recuperar a credibilidade dos indicadores econômicos no Brasil” disse.
O tucano concluiu destacando a importância de o próximo governo traçar medidas que incentivem o equilíbrio fiscal. “As ações devem se pautar dentro da lógica da responsabilidade fiscal e ter o objetivo de mostrar que o país vai voltar a trilhar o rumo certo e vai ter espaço para receber recursos e investimentos internacionais”, completou.