Metade das obras do PAC não receberam recursos no primeiro semestre de 2015
“O governo conseguiu inviabilizar o Brasil”, diz deputado federal Rogério Marinho
Brasília – O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conjunto de obras de infraestrutura do governo federal, teve metade de suas obras sem nenhum desembolso no primeiro semestre de 2015. Os números são de levantamento da ONG Contas Abertas, e foram divulgados em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) avalia que os resultados “não são uma surpresa” e mostram a incapacidade da gestão de Dilma Rousseff de estimular a economia do país.
“Esse governo conseguiu, infelizmente, inviabilizar o Brasil. Os projetos estruturantes, necessários para o país, não têm recursos, como esse levantamento nos mostra. É o resultado de um governo que soma incompetência, desmandos, imperícia e joga no colo dos brasileiros a inflação e o desemprego”, declarou o tucano.
A reportagem do Estadão traz o depoimento do economista Mansueto Almeida que aponta a redução de investimentos no PAC como algo especialmente danoso no momento atual do país, em que há perspectivas de PIB negativo para o ano. “A única coisa que o governo consegue cortar é investimento”, disse ao jornal o economista.
Rogério reforçou que o governo Dilma levou o país a um período recessivo que não se identificava desde a gestão de Floriano Peixoto, o segundo presidente da República da história do país. “Não vemos luz no fim do túnel. A única maneira de nos recuperarmos é que Dilma tenha um gesto de grandeza, como disse Fernando Henrique Cardoso, e renuncie”, destacou.
Nordeste
A matéria do Estadão menciona que estão na região Nordeste algumas das obras com maior atraso no âmbito do PAC. Projetos como os da rodovia BR-415, na Bahia, e o entroncamento rodoviário no entroncamento com a RN-078, no Rio Grande do Norte, estão paralisados.
Rogério Marinho disse que a falta de gestão afeta de maneira decisiva o desenvolvimento do Nordeste e mencionou que cidades do Rio Grande do Norte voltaram a conviver com o problema da seca – que é decorrente, entre outros motivos, da demora da entrega das obras da transposição do Rio São Francisco.
“Falta dinheiro para projetos no Brasil; mas, curiosamente, não falta para ações em outros países do exterior em que há governantes com afinidade ideológica com o PT”, afirmou o tucano.
