Ministério Público de Minas quer impedir atividades da Samarco em Mariana
Brasília (DF) – O Ministério Público de Minas Gerais entrou com ação na Justiça, nesta terça-feira (17), para impedir o retorno do funcionamento da mineradora Samarco no município de Mariana (MG). Para o MP, a mineradora só terá condições de retomar suas atividades após comprovar a segurança das estruturas remanescentes usadas para conter rejeitos de minério de ferro, de forma que uma nova tragédia não ocorra.
As informações são de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo (18). Em novembro do ano passado, a barragem da Samarco se rompeu, fazendo com que um mar de lama arrasasse as comunidades da região, com impactos ambientais em toda a bacia do Rio Doce, chegando até a costa do Espírito Santo.
Nesta semana, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), sobrevoou a área atingida pela lama e se negou a assinar documento apresentado pela prefeitura de Mariana que pedia a volta das atividades da mineradora. Ele disse que não se sentia à vontade para corroborar com o pedido já que, durante o sobrevoo, verificou que a lama da Samarco continua a poluir o Rio Doce, seis meses após a tragédia.
A ação do MP de Minas pede a suspensão da mina Alegria e da pilha de estéreis de mesmo nome. As atividades da Samarco em Mariana seguem embargadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Para o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador da força-tarefa montada pelo Ministério Público para apurar o rompimento da barragem, “é preciso garantir que qualquer retorno [das atividades da Samarco em Mariana] se dê somente quando a sociedade for informada e tiver garantias de como será a destinação final dos rejeitos.”
Leia AQUI a íntegra da matéria de O Estado de S. Paulo.