Ministro da Cultura toma posse prometendo diálogo com setor e Giuseppe Vecci pede melhor gestão para a área
O novo ministro da cultura, Marcelo Calero, afirmou durante o discurso de posse ocorrido nesta terça-feira (24) que acredita no diálogo com produtores culturais e que pretende afastar o setor das disputas partidárias. O presidente em exercício, Michel Temer, se comprometeu em recuperar as perdas orçamentárias da pasta e ampliar a captação de recursos. Temer pretende ainda quitar R$ 236 milhões de débitos vencidos com produtores culturais.O deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO) destacou que a cultura depende de mais recursos e suporte, independentemente da existência de um ministério específico para a área. “O apoio a cultura transcende a questão de ministério. Eu fui presidente da subcomissão de fontes de recursos da cultura [da Câmara dos Deputados] e vi o tanto que o setor não tem prioridade do ponto de vista orçamentário. A locação de recurso para cultura é muito pequena, é pífia”, disse.
Sobre a repercussão da extinção do ministério pelos artistas, Vecci avaliou como legitimas as manifestações, mas defendeu uma maior capilaridade dos recursos. “Houve uma grita exacerbada e ninguém entendeu. Eu gostaria muito que essa grita colocada pelos artistas pudesse ocorrer no dia a dia das atividades da cultura, na briga por mais recursos, numa democratização maior das verbas culturais. Todos o dinheiro da Lei Rouanet é concentrado no Rio de Janeiro e em São Paulo. Dentro desses estados, para meia dúzia de pessoas. É algo que precisa ser popularizado. Eu não vi o pessoal da cultura discutindo isso”, afirmou.
O tucano destacou que o mais importante é trabalhar com a transparência necessária para dar prioridade para todo o Brasil. “A cultura permeia toda a nossa vida. Seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista gastronômico ou do ponto de vista dos valores culturais. A nova pasta deve captar todos os sentimentos e valores da cultura brasileira dando oportunidade para todos”, concluiu.
