Ao admitir fracasso do governo, ministro do Desenvolvimento reconhece que crise deve se agravar
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, admitiu ontem, em Washington (EUA), que a crise fiscal e econômica brasileira deve se aprofundar, elevando ainda mais a pressão sobre o cenário político pela aprovação de medidas de contenção do gasto público.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (01), o ministro ainda declarou que as instituições do país estão passando apenas por um “teste de estresse”, que será superado – na contramão das expectativas do mercado financeiro.
Com a desestruturação de sua base de apoio no Congresso, o governo também enfrenta dificuldades para recriar a CPMF e não há nenhuma indicação de que terá os votos suficientes para aprovar reformas estruturais.
Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), o Brasil vive a pior crise da história e a solução é a saída da presidente Dilma do poder. “A crise é ética, econômica, social. É uma crise sistêmica. As ações macroeconômicas do governo nos últimos anos, todas elas desastrosas. Nós estamos regredindo para níveis de atividades econômicas da década de 90. E isso é um cenário catastrófico. E o que é pior, isso pode significar que iria zerar todos os pedidos que poderão ser feitos, o país vai continuar em um impasse. Ou seja, a manutenção de Dilma, é o pior dos mundos.”
O deputado Rogério Marinho acredita que o governo não deve conseguir aprovar medidas do ajuste fiscal, pois Dilma não tem mais mais força política.
“Não há mais governabilidade. O governo já não é mais maioria na Câmara, nem no Senado. Não tem capacidade de promover mudanças, ter legitimidade para isso. Não tem força política. É um governo natimorto, que tá preocupado com o projeto de perpetuação no poder, de manutenção no poder.”