Ministro do Turismo empregou tia da mulher com salário de R$ 19 mil

Acompanhe - 28/04/2016

13122010-13122010EF8147O favorecimento de parentes e amigos na administração pública se tornou prática frequente entre os políticos do PT. O recém nomeado ministro do Turismo, Alessandro Teixeira, não fugiu à tradição e empregou a tia de sua mulher, Milena Santos, como secretária na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com salário mensal superior a R$ 19 mil.

Delfina Alzira da Silva Gutierrez, tia da esposa do ministro que causou polêmica ao publicar nas redes sociais um ensaio fotográfico dentro do novo gabinete do marido, ocupava uma função de confiança no órgão e recebia um salário de R$ 19.488,60. A nomeação ocorreu no período em que Teixeira presidia a ABDI, antes de ser empossado titular do Turismo. As informações são de matéria publicada hoje (28) pelo jornal O Globo.

Depois do flagrante de claro nepotismo, a ABDI demitiu a servidora. Mas a demissão ocorreu somente depois que o jornal O Globo entrou em contato com a agência para questionar a nomeação da parente de Teixeira, nesta terça-feira (27). A agência ficou conhecida por virar reduto de um grupo de petistas que atuou na campanha à reeleição de Dilma e, como moeda de troca, o órgão emprega e remunera militantes com salários de até R$ 39 mil.

O deputado federal Paulo Martins (PSDB-PR) avaliou a postura do atual ministro como “bizarra”. “Em tempos de petismo as coisas se confundem. A sociedade não suporta mais esse tipo de prática: a confusão da coisa pública com a coisa privada. O sujeito se apodera do Estado, da coisa pública e utiliza em benefício próprio ou em benefício da sua própria família. É um comportamento que contamina todos os outros envolvidos”, afirmou.

O tucano lembra que já existe legislação sobre o nepotismo no Brasil, no entanto acredita que as normas devem ser revistas urgentemente. “O que é mais triste é que nem seria necessário ter legislação sobre o assunto. Isso é um pressuposto ético. Em qualquer lugar desenvolvido nem há normas a respeito. Aquele que tem responsabilidade pública já deve ter essa noção e não empregar familiares”, concluiu.

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28/04/2016