Mônica Serra: “Eu exijo respeito com o meu marido e minha filha”.

Em São Paulo, o candidato também reagiu chamando petistas de “tiranos”.

Acompanhe - 02/09/2010

Em São Paulo, o candidato também reagiu chamando petistas de “tiranos”

Brasília (02) – “Deixem minha família em paz. Eu exijo respeito com o meu marido e com minha filha”, avisou a psicóloga Monica Serra, mulher do candidato à Presidência, José Serra (SP). Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ela comentou a violação da declaração do Imposto de Renda de Veronica Serra pela Receita Federal e condenou o que classificou como um “atentado à democracia”.

“Isto é coisa de quem não tem família. um atentado à democracia que tanto custou aos brasileiros. Temos uma vida limpa, valores, princípios. E o governo deixa as portas abertas para essa quadrilha banalizando tudo. Todos têm que se sentir ameaçados. É isso que fazem as ditaduras”, afirmou a mulher do presidenciável.

A notícia da violação do sigilo fiscal de Veronica Serra veio à luz nesta semana. Os dados foram acessados pela Delegacia da Receita em Santo André, no dia 30 de setembro de 2009. A analista tributária Lúcia Fátima Gonçalves Milan confessou ter acessado as declarações de Imposto de Renda referentes aos anos de 2008 e 2009 da filha do presidenciável.

Para Monica, a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, tem envolvimento no caso da violação dos dados fiscais de sua filha. “Não dá para acreditar mais uma vez no ‘eu não sabia de nada’”, rebateu. “Tem que respeitar um pouco os neurônios que as pessoas têm.”

Em encontro com prefeitos em São Paulo, José Serra também repudiou o “ato criminoso” contra Veronica. Ele referiu-se aos adversários como “tiranos” e acusou o PT e o governo federal de violarem a Constituição Federal.

“Quando tiranos ou candidatos a tiranos desejam subjulgar uma sociedade, começam restringindo a liberdade. O governo do PT sonha com o dia em que vai poder censurar a imprensa brasileira”, criticou ao falar sobre liberdade de expressão no País, que o PT tenta censurar por meio do “controle social” da mídia.

De acordo com o candidato, “ao violar o sigilo bancário de um caseiro, viola-se a Constituição. Quando se viola o sigilo fiscal de representantes da oposição, viola-se a Constituição”. Serra continuou: “Francenildo somos nós. Exijo é que se respeitem os Francenildos e as Marias, os Josés e as Anas”. Em referência à quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que denunciou um esquema envolvendo o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT).

Além dos dados fiscais de Veronica Serra, a Receita Federal violou ainda a declaração de Imposto de Renda do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e de outras três pessoas próximas ao partido.

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02/09/2010