Nota à Imprensa – PSDB
O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), avalia o pífio crescimento da economia nacional. O partido entende que o resultado é fruto da incompetência gerencial do PT e do abandono de reformas estruturais empreendidas pelo Brasil até o início da década passada
A constatação de que o Brasil foi o país que menos cresceu na América do Sul em 2011 merece uma reflexão por parte dos brasileiros.
Com a expansão de apenas 2,7% do PIB registrada no ano passado, ficaremos bem atrás de nossos vizinhos, como o Chile (6%), Argentina (8,8%) e Equador (9%), conforme antecipou ontem o jornal Folha de S.Paulo.
Esses números reforçam o alerta já feito pelo PSDB sobre a incompetência gerencial do governo Dilma.
Embora a febre de consumo ainda ajude a manter nossa economia girando, motores mais potentes de crescimento têm dado sinais de exaustão. Volta a se repetir entre nós um padrão que marcou boa parte da era Lula: crescemos bem menos do que poderíamos e, mesmo assim, com inflação ainda muito alta e preços de bens e serviços bem maiores dos que os vigentes em mercados de alta renda, como o norte americano.
Desde o início da gestão do PT, aliás, o Brasil tem ficado para trás nas comparações internacionais. Com a gestão petista, o crescimento médio do nosso PIB foi de 2,85%, enquanto o da América Latina foi de 4,07%.
Entre as razões para esse desempenho pífio está a baixa taxa de investimento e a perda de competitividade no mercado internacional. O governo gasta muito e mal, e investe pouco. O Brasil tornou-se um país onde produzir é muito caro, o que vem comprometendo diretamente o desempenho da indústria nacional.
O peso da indústria na composição do PIB brasileiro desabou e retornou a níveis de 50 anos atrás. Neste aspecto, talvez o PT tenha conseguido subverter o lema adotado pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek: encolhemos 50 anos em nove.
O mercado de trabalho brasileiro também entrou em ritmo de desaceleração. Em fevereiro, o número de novos empregos gerados no país caiu 57% na comparação com o mesmo período do ano passado. Na indústria, a queda chegou a 67%.
Ao contrário do que tem dito a presidente Dilma, já não se pode mais atribuir esse quadro apenas ao câmbio ou à taxa de juros praticados no país. Também entram na conta do atraso o abandono das reformas estruturais que marcavam o Brasil até o começo dos anos 2000, o excesso de impostos, a burocracia imensa, a logística sofrível e uma lista interminável de pendências não enfrentadas. Isso sem falar da falta de idéias e projetos, e do atraso e paralisações sistemáticas nos investimentos públicos. Enfim, o próprio abandono de compromissos de campanha.
Para piorar a situação, o governo enfrenta agora uma crise com sua base aliada no Congresso, que levou seus novos líderes no Legislativo a adiarem votações importantes para o país como da Lei Geral da Copa e do novo Código Florestal.
O momento, portanto, é de preocupação e exige um acompanhamento de perto por parte de todas as forças políticas democráticas.
Presidente Nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE)