Notice: Trying to get property of non-object in /data/www/psdb/wp-content/plugins/wordpress-seo/frontend/schema/class-schema-person.php on line 152


Nota do Governo do Estado de Goiás

Só há uma versão, a verdadeira, dos fatos. Em março de 2012, o governador Marconi Perillo relatou, detalhadamente, a operação de venda de sua casa no condomínio Alphaville, em Goiânia. Repetiu, exaustivamente, a mesma versão em todas as entrevistas à imprensa. Os depoimentos, até agora feitos à CPMI, não colocam fato novo ou contradizem as afirmações do governador. Basta fazer uma leitura linear dos fatos, com começo, meio e fim, a partir da entrevista de março a O Popular

Acompanhe - 06/06/2012

Nota do Governo do Estado de Goiás

Só há uma versão, a verdadeira, dos fatos. Em março de 2012, o governador Marconi Perillo relatou, detalhadamente, a operação de venda de sua casa no condomínio Alphaville, em Goiânia. Repetiu, exaustivamente, a mesma versão em todas as entrevistas à imprensa. Os depoimentos, até agora feitos à CPMI, não colocam fato novo ou contradizem as afirmações do governador. Basta fazer uma leitura linear dos fatos, com começo, meio e fim, a partir da entrevista de março a O Popular.

Resumo dos fatos a que se refere a nota oficial
Só existe uma versão, a verdadeira, para o fato da venda da casa do governador Marconi Perillo, a que foi apresentada pelo governador, e confirmada integralmente nos depoimentos do sr Wladimir Garcêz e do sr Walter Paulo.

Sabendo que o governador havia colocado a casa no condomínio Alphaville à venda, o sr. Wladimir Garcêz procurou o sr. Lúcio Fiúza e manifestou interesse em adquirir o imóvel.

Conforme o depoimento de Wladimir, este, sem conseguir honrar o pagamento e ao ser cobrado pelo sr Lúcio, entrou em contato com sr. Cláudio Abreu, solicitando que emprestasse os recursos para que pudesse honrar o pagamento da casa. O sr. Cláudio lhe emprestou três cheques – dois no valor de R$ 500 mil e um no valor de R$ 400 mil.

O sr. Wladimir entrou em contato novamente com o sr. Lúcio, dizendo que não ficaria com o imóvel e que havia repassado o negócio da venda da casa ao sr. Walter Paulo.

O sr. Walter Paulo condicionou a efetivação do negócio à assinatura do sr. Governador ou de seu representante legal e, também, solicitou que a escritura fosse lavrada em nome da empresa Mestra Participações.

O sr. Lúcio, representando sr. Governador e acompanhado do sr. Wladimir, presenciou a entrega do dinheiro, e ambos assinaram o recibo de venda. O dinheiro ficou em posse do sr. Wladimir que, ainda conforme declarou em seu depoimento na CPI, fez o pagamento do empréstimo ao sr. Cláudio Abreu.

Portanto, não há contradições nos depoimentos realizados.

A entrevista

Jornal O Popular – Goiânia – Goiás

Data: 3 de março de 2012

Título: Casa onde Cachoeira foi preso foi de Marconi

Subtítulo: Governador diz que vendeu imóvel no início de 2011 ao proprietário da Faculdade Padrão

Fabiana Pulcineli

O governador Marconi Perillo (PSDB) disse ontem ao POPULAR que vendeu sua casa no Residencial Alphaville Ipês, onde morou por quatro anos – de 2007 a 2010 –, para Walter Paulo Santiago, proprietário da Faculdade Padrão, no início de 2011, em um negócio intermediado pelo ex-vereador Wladmir Garcêz. A casa é a mesma onde o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso quarta-feira pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, na Rua Cedroarana, Quadra G-3, Lote 11.

Marconi disse que não sabia que Cachoeira morava na casa, que foi vendida por R$ 1,4 milhão, dividido em três parcelas, segundo o governador. “Foi um negócio normal, fechado há um ano e já devidamente declarado no Imposto de Renda deste ano. Essa pergunta (sobre o morador) tem de ser feita ao proprietário da casa”, afirmou.

A casa consta na declaração de bens apresentada por Marconi à Justiça Eleitoral na campanha de 2010, ao valor de R$417.816,13.

O tucano contou que Wladmir o procurou mostrando-se ele próprio interessado na compra. “Isso a gente espalha para os amigos, pede ajuda. Aí o Wladmir entrou em contato. Quando fui passar a escritura, ele me informou que seria Walter Paulo o comprador. Eu nem falei com ele (Walter). O dono do cartório trouxe os documentos para eu assinar e depois levou ao comprador. Recebi os três cheques e fui fazendo os depósitos como combinado”, disse.

Reportagem da revista Época, divulgada ontem no site, informa que as investigações apontaram relações políticas de Cachoeira em Goiás (leia reportagem abaixo). Segundo o texto, as gravações da PF mostraram que Wladmir trocou “dezenas de torpedos” pelo celular com o governador.

Marconi atribuiu a troca de torpedos à negociação sobre a venda da casa e à relação política que tem com o ex-vereador. “Eu o conheço há 20 anos, desde que ele era da Legião Brasileira de Assistência (LBA), onde foi superintendente. Ele assessorou a Lúcia Vânia, o Henrique Meirelles, e apoiou minha eleição, foi presidente da Câmara de Goiânia. Depois ele saiu da política daquele jeito que todos sabem e reduzimos o contato. Mas ele e a irmã me ajudaram novamente nas eleições”, disse, admitindo que o ex-vereador indicou nomes para cargos no governo. “Ele me levou uma lista e alguma coisa foi atendida, mas não sei quem são as pessoas.”

Já em relação a Cachoeira, Marconi afirma que não houve nomeação de pessoas indicadas pelo empresário. “Não há nenhuma nomeação e não há nenhum negócio do governo com ele”, garante.

O governador contou que recebeu Cachoeira em audiência no Palácio no primeiro semestre do ano passado, quando o empresário pediu apoio para ampliação de sua empresa de medicamentos em Anápolis, a Vitapan. “Recebo todo mundo que nos procura para ampliar indústrias, em busca de incentivos fiscais. Isso faz parte da política de desenvolvimento do governo”, diz.

Segundo o governador, o processo foi encaminhado à Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), mas não foi finalizado. “São muitos pedidos encaminhados. Por algum motivo, não foi concedido. Não sei detalhes”, afirmou.

Ao comentar pela primeira vez a operação, que apontou envolvimento de agentes das Polícias Civil e Militar de Goiás no esquema de jogos ilegais, o governador disse que há “indícios sérios” e que caberá à Justiça avaliar as denúncias. “São denúncias absolutamente estranhas para mim”, afirma. “Sou contra jogo do bicho. Sempre fiz gestões no sentido de ou legalizar ou acabar com isso. Acho que há muita hipocrisia. Se for para existir na clandestinidade dessa forma, é melhor que seja legalizado. Não tenho opinião formada e sou contra jogo, mas seria mais transparente.”

Questionado sobre o contrato com a Delta Construtora para locação de carros das polícias, o governador disse que trata-se de negociação do governo anterior. “Eu pedi apenas que trocasse a frota. O contrato é o mesmo.”

O governador afirmou não temer desgastes com o desenrolar das investigações. “Não tenho temor em relação a nada. Se vender uma casa, que não é do Estado, que é um negócio pessoal, for crime… Não é crime. Não tenho qualquer vinculação com nada disso. Nunca tratei de jogo do bicho com ninguém, não trato disso.”

Marconi disse ter solicitado a assessores relatório sobre doadores de sua campanha eleitoral. “Se teve de alguma empresa (citada nas investigações), foi a Delta, não me lembro bem. Mas nunca pedi ajuda de Cachoeira para isso”, afirmou.

O governador contou que teve alguns encontros casuais com o empresário preso, mas que a relação entre os dois sempre foi “muito à distância”. “Ele circulava na alta sociedade, então tivemos encontros. A irmã dele é casada com o filho do Fernando Cunha, então nos encontramos em eventos festivos, essas coisas.”

X
06/06/2012