As marchas da insensatez

Manifestações como as de ontem não são do “povo”. São organizadas por pessoas radicais e sectárias, insensíveis às mortes, à dor das famílias, ao drama dos sistemas de saúde público e privado.
Medidas de isolamento não são desejo de ninguém. Tornaram-se uma necessidade para enfrentar a pandemia. Foram tomadas não só pelos governadores brasileiros, mas por gestores responsáveis em todos lugares no mundo. Hostilizá-las da maneira como tem ocorrido no Brasil é um ato anti-civilizatório.
Chegamos a um ponto em que ninguém minimamente sensato pode exercer um cargo como ministro da Saúde sem sofrer o ódio dessa turba. A única maneira de não ser hostilizado é defender tratamentos sem respaldo científico, apoiar teorias da conspiração e, sobretudo, baixar a cabeça para o presidente.
Não custa lembrar que a principal saída para pandemia, as vacinas, foram garantidas principalmente pelo governador de São Paulo. E sob oposição cerrada do presidente e de seus seguidores. Hoje parece que mudaram de ideia…
Mas na prática, estamos em um beco sem saída em que os gestores responsáveis e competentes com relação à pandemia são os que mais atraem os protestos dos lunáticos.
O Brasil é muito mais do que uma aglomeração de delirantes.
AS MARCHAS DA INSENSATEZ
Manifestações como as de ontem não são do “povo”. São organizadas por pessoas radicais e sectárias, insensíveis às mortes, à dor das famílias, ao drama dos sistemas de saúde público e privado.
— PSDB 🇧🇷 (@PSDBoficial) March 15, 2021