NOTA OFICIAL – Apoio de Lula ao MST
Causaram grande perplexidade aos brasileiros os resultados do encontro entre o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os comandantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Assistiu-se a um espetáculo insólito em que a autoridade máxima da Nação, cercada de alguns dos seus principais Ministros, colocou o boné pertencente a um grupo político que prega e pratica, quotidianamente, o desrespeito às leis, à ordem democrática e à convivência pacífica entre os brasileiros. Aliás, um grupo político que diz representar o conjunto dos trabalhadores rurais sem terra, mas que, na verdade, representa menos da metade das famílias que se encontram assentadas e uma pequena parcela daquelas que realmente desejam se transformar em empreendedores rurais.
As cenas desse espetáculo – que não é o prometido pelo governo – transmitiram a dezenas de milhões de brasileiros uma mensagem que pode ser interpretada como apoio do Presidente da República a métodos ilegais, autoritários, antidemocráticos e violentos de reivindicação política. Lamentavelmente, as ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do INCRA nessa área concorrem para a mesma interpretação.
Não é sem razão que nesses últimos dias estamos vendo os episódios do bloqueio de pedágios no Paraná, das invasões e saques em Pernambuco, e da crescente tensão no Pontal do Paranapanema, para citar apenas alguns.
Não bastasse a agressão ao ambiente democrático, observa-se que as propostas do MST não objetivam a criação de novos empreendedores rurais, capazes de dinamizar a economia no campo, mas, pelo contrário, apenas de novos militantes políticos. Isso seria legítimo se não fosse baseado na utilização ilegal de recursos públicos.
Ao longo de oito anos de governo, o PSDB realizou a maior reforma agrária de que se tem notícia no mundo, destinando mais de 20 milhões de hectares para cerca de 600.000 famílias, beneficiando, diretamente, cerca de 3 milhões de pessoas. Ser a favor da reforma agrária não significa, entretanto, compactuar com a desordem, estimular a invasão de propriedades conquistadas pelo suor dos brasileiros que trabalham e ignorar assaltos a cargas rodoviárias até de peças para bicicletas.
O Brasil não admitirá tamanho retrocesso no ambiente político-instutucional conquistado pela sociedade ao longo dos últimos anos. Ao mesmo tempo, os brasileiros exigem a continuidade de uma reforma agrária que atenda àqueles que realmente querem trabalhar e produzir como empreendedores rurais para construir um Brasil mais próspero e justo!
Comissão Executiva Nacional
Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB