Se não fosse o desastre do governo Dilma, jamais haveria o governo Bolsonaro

A gestão Dilma foi uma espécie de infecção generalizada da administração pública: estelionato eleitoral, caos administrativo, caos político, inépcia econômica, volta da inflação, volta do desemprego, aumento dos índices de pobreza e miséria, além das estocagens de vento. Um processo em espiral que levou o país ao descrédito e exigiu prontas respostas institucionais – sempre dentro dos estritos limites da Constituição e do Estado democrático de direito.
A ex-presidente, cujo governo assemelha-se a uma ruína como poucas vezes vista no país, tenta reescrever a história. Mas o que os fatos comprovam é que o desastre atual deve muito ao legado de Dilma e do PT.
O populismo ideológico e irresponsável da petista nos trouxe ao populismo também ideológico e irresponsável do atual governo, mas de sinal trocado. Ambos se irmanam na destruição do país. Ambos até hoje apostam em dividir a população, em jogar brasileiros contra brasileiros. Uns e outros poucos se importam em encontrar soluções que tenham como objetivo o melhor para o povo.
Em resumo, Dilma quebrou o Brasil e milhões elegeram Bolsonaro porque não queriam o risco de algo parecido com o seu governo. Tiveram seus receios e correram para outra opção, por pior que fosse. Disseram não ao PT!
O PSDB disputou a eleição contra o PT e contra Bolsonaro. O PSDB não é PT e não é Bolsonaro. O PSDB continua tendo sua própria história, da qual se orgulha – e nela se inclui, por exemplo, ter liderado a oposição e o impeachment de Dilma Rousseff.
O caminho do PSDB é a oposição ao governo Bolsonaro, distante dos extremos. Mas não nos enganemos: bolsonarismo e petismo tentarão manter a polarização inconsequente a todo custo. Para eles, dane-se o país.
Ao PSDB, ao contrário, sempre nos caberá buscar apresentar soluções para as crises instaladas, buscar respostas que visem um único e singelo objetivo: melhorar a vida das pessoas.
Impeachment no meio de uma pandemia é apostar no quanto pior melhor. É arriscar a vida das pessoas, levando-as para as ruas pelo impeachment, no momento da maior crise sanitária da nossa história. É a velha tática do petismo, que sempre que teve que escolher entre os interesses do país e os seus próprios interesses, ficou com seu projeto de poder.
Se, neste momento, o impeachment não é a melhor saída – e não é mesmo – isso não significa ser complacente com os desvarios do presidente, com seus ataques às instituições, suas afrontas à democracia e à Constituição. Sempre que Jair Bolsonaro transpuser os limites da civilidade, da lei e da ordem, o PSDB estará pronto para cerrar fileiras junto àqueles que, de forma responsável, zelam por fazer cumprir a Constituição.
Bruno Araújo, Presidente Nacional do PSDB