A hora da razão
A queda dos juros anunciada esta semana pelo Banco Central é mais um sinal de revitalização da economia brasileira. Trata-se, ainda, de apenas um bom sinal, mas o fato ganha consistência pelas circunstâncias em que ocorre. Há pouco recorria o pessimismo das previsões de calamidade econômica, com descontrole da inflação e recessão aguda. Mais uma vez as teorias do apocalipse caem por terra e o Brasil, conduzido com seriedade e equilíbrio, segue em frente.
À baixa dos juros soma-se a leve queda ou estagnação das taxas de desemprego registradas nas principais regiões metropolitanas do País. Isso motiva os verdadeiros patriotas a trabalhar e produzir, pois cada vez mais o Brasil afirma-se como uma economia preparada para a estabilidade e a retomada do crescimento.
O País precisa compreender o momento, avaliar bem suas possibilidades e não desconhecer as próprias limitações. Só a fórmula do equilíbrio pode garantir a continuidade dos avanços e a superação de novos obstáculos que inevitavelmente virão.
Há semanas os partidos políticos e a sociedade vivem uma emocionada discussão em torno do salário mínimo, impondo o tema na agenda do Congresso Nacional e na pauta da imprensa. O Governo teve a coragem de antecipar o anúncio de um novo mínimo no valor e na forma. R$ 151,00 foi o número possível e a possibilidade dos Estados ultrapassarem esse patamar foi a novidade.
A regionalização do mínimo cria condições para os centros economicamente mais avançados anteciparem conquistas salariais que queremos para os trabalhadores de todo o Brasil, isso sem pressionar a inflação e o endividamento do Estado, sem quebrar a previdência e sem inviabilizar empregadores domésticos e nas micros e pequenas empresas.
Os fatos apontam o acerto da macro estratégia econômica do Governo do presidente tucano Fernando Henrique e isso é bom para o País. A lição que se extrai dessa verdade é que chegou a hora da razão. O Congresso Nacional, que tem sido firme na condução das reformas que estão modernizando a economia e transformando a realidade nacional, novamente precisa acenar com a maturidade política da Nação. A hora pede razão e a razão pede diálogo, entendimento e união em favor do Brasil.