Acordo no Congresso viabiliza projeto reformista

Notícias - 24/11/2000

A candidatura do líder do PSDB na Câmara, deputado Aécio Neves, à Presidência da Casa, recebeu oficialmente o apoio do PMDB na quarta-feira (22/11). O gesto peemedebista, da maior importância, é bem-vindo entre os tucanos que, por decisão de suas bancadas na Câmara e no Senado e de sua Executiva Nacional, haviam decidido anteriormente que o apoio partidário que viabilizasse a candidatura social-democrata em alguma das Casas do Congresso teria reciprocidade do PSDB na outra Casa.

Desde as primeiras articulações com vistas à apresentação de uma candidatura própria à Presidência da Câmara, posteriormente respaldada pela bancada no Senado, pela Executiva Nacional, por diretórios estaduais e municipais e por lideranças partidárias como o governador Mário Covas, o deputado Aécio Neves e outras lideranças partidárias têm insistido que sua postulação vai muito além de uma aspiração pessoal ou de uma disputa com outras legendas por um dos cargos mais importantes da República.

O PSDB como partido majoritário na data de início da atual sessão legislativa tem o direito de indicar o Presidente da Câmara a partir do início da próxima sessão. No entanto, em reiteradas ocasiões, o Partido salientou que a candidatura de Aécio tem por objetivo promover o aprimoramento das instituições democráticas e o fortalecimento da Câmara dos Deputados como instância máxima de expressão dos interesses nacionais de forma a resgatar a sua missão catalisadora do debate dos grandes temas brasileiros que interessam diretamente à cidadania. A Mesa que resultar desse processo não será, portanto, partidária no sentido corriqueiro do termo, uma vez que refletirá um amplo arco de proposições reformistas e inovadoras.

No esforço pela aglutinação de forças que viabilizassem a candidatura, o PSDB assumiu o compromisso de agir com reciprocidade no Senado e na composição das Mesas em relação às legendas que respaldassem suas propostas. Foi nesse contexto que se deu o apoio do PMDB e é nessas circunstâncias que o Partido se compromete a apoiar o senador peemedebista que a bancada desse partido, sendo majoritária no Senado, vier a indicar para o cargo. A candidatura do PMDB à Presidência do Senado ainda não foi oficializada, razão pela qual o apoio do PSDB não envolve nomes. Não têm fundamento, portanto, as especulações de que o PSDB recuou em sua decisão de apoiar a candidatura do PMDB à Presidência do Senado.

Publicação da Comissão Executiva Nacional do PSDB para estimular o debate partidário, coordenada pelo Vice-Presidente Dep. Federal Custódio Mattos.

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24/11/2000