Agência Standard & Poor’s rebaixa a classificação de risco de Minas Gerais pela terceira vez no governo de Fernando Pimentel

Imprensa - 15/12/2016

abr040713_ant1254Uma das principais agências mundiais de classificação de risco, a Standard & Poor’s (S&P), rebaixou novamente o “rating” (nota) de Minas Gerais. É a terceira vez consecutiva que a agência rebaixa a classificação do estado, todas elas durante do governo de Fernando Pimentel, do PT. A primeira ocorreu em setembro de 2015 e a segunda, em fevereiro de 2016.

Desta vez, Minas recebeu a classificação B- (B menos) na escala global, que afasta o Estado ainda mais do “grau de investimento”, o qual foi alcançado em 2012, durante a gestão de Antonio Anastasia, do PSDB, e mantida até 2014, durante a gestão de Alberto Pinto Coelho, do PP.

O “grau de investimento” é uma espécie de selo de “bom pagador”, que atesta as boas condições e financeiras do Estado e sua consequente capacidade de fazer investimentos e obter créditos.

Em relatório divulgado na última terça-feira (13/12), a S&P ressalta que o novo rebaixamento reflete o fraco planejamento de administração financeira de Minas, decorrente de atrasos em pagar fornecedores e os salários de seus servidores públicos. Para a agência de risco, sob a atual gestão, aumentaram as dúvidas quanto à capacidade e disposição do Estado para pagar suas obrigações financeiras nos próximos 12 meses.

“O estado decretou calamidade financeira em 5 de dezembro de 2016, indicando uma administração financeira menos previsível e políticas financeiras em geral fracas”, destaca o relatório.

A Standard & Poor’s iniciou a avaliação da situação fiscal do governo de Minas em março de 2012. Em julho daquele mesmo ano, o governo de Minas, então administrado pelo PSDB e aliados, recebeu da agência o “grau de investimento” BBB- em escala global e AAA em escala nacional. Na ocasião, a agência justificou que a qualidade de crédito de Minas Gerais refletia “uma estrutura econômica forte e bem diversificada”. Ressaltou ainda o fato da carga de endividamento de Minas Gerais ter declinado gradualmente, “em função da continuidade de orçamentos equilibrados ao longo de vários anos”.

Em agosto de 2013, a S&P reafirmou a nota positiva de Minas e manteve a classificação do estado no “grau de investimento”. Na época, a agência destacou que a qualidade de crédito do Estado de Minas Gerais refletia “o bom desempenho orçamentário dos últimos cinco anos”, além da “alta proporção de fontes de receitas próprias” e “o sólido gerenciamento financeiro” do estado.

Em abril de 2015 a agência publicou nova análise que refletia o desempenho do governo de Minas até o final das gestões do PSDB e do PP em 2014. Nesta análise, novamente o “grau de investimento” do Estado foi mantido, em um relatório que destacou “o desempenho orçamentário forte” e o fato dos “superávits operacionais do Estado terem permanecido historicamente altos”.

Mais um legado destruído pelo governo petista

Em setembro de 2015, em relatório da S&P, que já avaliava a gestão de Fernando Pimentel, o estado perdeu seu grau de investimento, passando de BBB- para BB+. Em fevereiro de 2016, o Estado teve sua nota novamente rebaixada, desta vez de BB+ para BB-. De acordo com a agência, tal queda refletia na ocasião “o desempenho orçamentário mais fraco do estado”, conforme visto nos amplos déficits fiscais durante 2015 e que deve continuar em 2016.

No relatório divulgado na última terça-feira (13/12), no qual rebaixa pela terceira vez consecutiva o “rating” de Minas, a S&P faz severas críticas à atual gestão estadual. Classifica, por exemplo, a atual administração financeira de Minas e seu desempenho orçamentário como “muito fracos”.

A agência afirma ainda que as medidas de controle de gasto adotadas pela gestão petista são “insuficientes”. Além disso, considera que, atualmente, a economia de Minas Gerais é “mais fraca do que a de seus pares nacionais e internacionais” além do estado ter uma “carga de endividamento alta”.

“Graças ao grau de investimento conquistado por Minas durante as gestões do PSDB e aliados, foi possível ao estado conseguir vários empréstimos junto a instituições internacionais, cujos recursos foram aplicados em diversos programas voltados para o desenvolvimento econômico e social do Estado”, afirma o presidente do PSDB-MG, Domingos Sávio. “Este é, infelizmente, mais um legado das gestões anteriores que o ineficiente governo do PT está conseguido destruir”.

*Do PSDB-MG

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