Alckmin sai em defesa da liberdade de imprensa após entrevista de Bolsonaro ao JN
Concluído o processo eleitoral, o presidente da Executiva Nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, sinalizou que estará vigilante em relação ao futuro governo e ao cumprimento da Constituição. Por meio de seu perfil no twitter, Alckmin condenou na noite de segunda-feira (30), os ataques feitos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ao jornal Folha de S. Paulo em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. Para o tucano, as declarações do deputado são um “acinte a toda a imprensa”.
“Começou mal. A defesa da liberdade ficou no discurso de ontem [domingo]. Os ataques feitos pelo futuro presidente à Folha de São Paulo representam um acinte a toda a Imprensa e a ameaça de cooptar veículos de comunicação pela oferta de dinheiro público é uma ofensa à moralidade e ao jornalismo nacional”, escreveu.
O ex-governador de São Paulo ainda ressaltou que “alguns fazem críticas aos seus críticos porque não conhecem seus próprios limites”.
“É pretender substituir a liberdade de Imprensa pelo clientelismo de imprensa. Alguns fazem críticas aos seus críticos porque não conhecem seus próprios limites. O futuro Presidente vai ter de conviver e de respeitar todos e, em especial, os que a ele dirijam críticas”, acrescentou.
Em entrevista ao Jornal Nacional, na noite de ontem, Bolsonaro atacou o jornal paulista e condicionou a liberação das verbas da propaganda oficial do futuro governo ao comportamento editorial de cada veículo. Mesmo tendo afirmado ser “totalmente favorável à liberadade de imprensa”, o presidente eleito classificou como ‘fake news’ algumas reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo e condenou o comportamento do jornal.
Reportagem Shirley Loiola