Aloysio Nunes manifesta preocupação com Venezuela ao assumir Itamaraty

Notícias - 08/03/2017

O novo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), rebateu nesta terça-feira (7) as declarações da chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, que classificou de “golpe de Estado” e “vergonha mundial” o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff do comando do país. Em seu discurso de transmissão de cargo no Itamaraty, Aloysio afirmou que o mais importante na Venezuela são os “carcereiros” e a população do país vizinho, como revela reportagem da Folha de S. Paulo.

“Ela [chanceler] não tem muita importância. Nesse país dela [Venezuela], o mais importante são os carcereiros e não um ministro das Relações Exteriores”, respondeu o tucano.

Além de criticar o processo de impeachment, a chanceler acusou todos os políticos brasileiros de estarem envolvidos em escândalos de corrupção.

Aloysio Nunes também mencionou a preocupação com a situação política do país vizinho. “Não posso deixar de lembrar a preocupação, cada vez mais presente, com a escalada autoritária do governo venezuelano, que nos últimos anos esteve presente entre os grandes temas em debate”, disse.

O novo ministro ressaltou o desejo de que a Venezuela conquiste a prosperidade na democracia e que seja capaz de “reencontrar o caminho do progresso para o bem da sua gente”.

Ao transmitir o cargo para o tucano, o ex-ministro José Serra também comentou a situação da Venezuela.  “Tomamos a difícil, mas necessária, decisão de suspender a Venezuela dos trabalhos do Mercosul. Estamos ao lado do povo venezuelano, que tem vivido momentos difíceis. Nossa oferta de ajuda humanitária continua de pé”, afirmou o tucano.

“Esperamos que a Venezuela retome o caminho da conciliação e da democracia, única forma de superar os graves desafios enfrentados”, completou Serra.

Aloysio Nunes também afirmou que o Brasil continuará aberto para estrangeiros. “A nova Lei de Imigração, de minha iniciativa, que revoga dispositivos herdados do período autoritário, coloca o país na vanguarda do direito humanitário”, declarou.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria na Folha de S. Paulo.

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08/03/2017