Yeda Crusius: “Brasil começa uma nova fase de sua história”
A presidente do PSDB-Mulher, deputada federal Yeda Crusius (RS), parabenizou Jair Messias Bolsonaro, do PSL, pela vitória na disputa pela Presidência da República República, neste domingo (28), e classificou a alternância de partido no poder como um avanço para a democracia do país. O capitão da reserva venceu o petista Fernando Haddad, em segundo turno, com 55,63% dos votos válidos, interrompendo um ciclo de vitórias do PT que vinha desde 2002.
“O Brasil começa uma nova fase de sua história. Ontem, presenciamos a celebração da democracia e a vontade da maioria da população deve ser respeitada. Estou otimista em relação ao futuro e acredito que esse novo período, sem o PT no governo, será benéfico para a reestruturação do país como um todo”, disse.
A tucana destacou as dificuldades enfrentadas ao longo da campanha presidencial deste ano e reiterou a necessidade de vigilância e trabalho no futuro próximo. “Foi uma eleição muito suja, com elementos novos como as Fake News. Passada essa fase de disputa acirrada e radical, agora é trabalhar. Faço parte de um grupo que vê uma oportunidade para o Brasil sair de um longo período de crise”, previu a deputada.
Governadores
Yeda Crusius enfatizou a importância da eleição de três governadores tucanos em estratégicos estados brasileiros: João Doria venceu a disputa pelo governo de São Paulo com 51,7% dos votos, Reinaldo Azambuja foi eleito governador de Mato Grosso do Sul com 52,35% da preferência do eleitorado e Eduardo Leite é o novo chefe do Executivo estadual do Rio Grande do Sul com 53,5%.
“Eles são os grandes vencedores de 2018 que vão, com toda razão, dirigir a linha de conduta do PSDB daqui para frente. É importante, sim, que o Rio Grande do Sul tenha elegido o PSDB como a alternativa para a evolução do estado, como o Bolsonaro vai ter que fazer a nível nacional”, afirmou.
A deputada relembrou que o trabalho de confiança do eleitorado gaúcho junto ao partido teve início durante o seu mandato como governadora em 2007. “Precisamos continuar inovando como eu fiz como governadora, em que pude consertar as finanças do estado. Na sequência, veio o PT e fez um desastre enorme que vai ser consertado pelo governador Eduardo Leite, numa composição democrática, ampla e inovadora”, completou.
Reestruturação partidária
Após as eleições e com a definição do novo quadro político brasileiro, Yeda Crusius defende uma reforma interna dentro do PSDB. Para ela, é preciso debater as falhas, “sarar as mágoas” e planejar o futuro da sigla.
“Fomos vencedores em alguns aspectos, derrotados fragorosamente em outros, então começa um novo ciclo da nossa história. E nesse novo momento, a primeira coisa que o PSDB tem que fazer é voltar-se para dentro”, aconselhou.
A parlamentar acredita que será necessário um gerenciamento de crise interna e o resgate dos valores que motivaram a criação do partido. “Vamos resgatar o PSDB das origens, que é o partido que tem posição, que uma vez fazendo a discussão interna, tem unidade. Precisamos definir rumos e a hora é agora com a eleição do Bolsonaro”, concluiu.
Reportagem Tainã Gomes de Matos