Ao contrário de Dilma, governo Temer libera verbas para obras do São Francisco
A transposição do Rio São Francisco se arrasta desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, com os cortes no orçamento promovidos pela presidente afastada Dilma Rousseff, as obras estão atrasadas há quase quatro anos. Para corrigir mais essa herança da era PT, que prejudica pelo menos 12 milhões de nordestinos, o governo do presidente em exercício, Michel Temer, decidiu liberar cerca de R$ 100 milhões adicionais por mês para acelerar as obras, incluindo as dos canais complementares nos estados do Nordeste.
Para o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), a transposição é mais uma das promessas de campanha dos governos petistas que não são cumpridas no Nordeste. “Também foi mais um instrumento utilizado durante as campanhas eleitorais, uma enganação repetida e continuada, já que não foi apenas um adiamento, foram sucessivos adiamentos. Com isso, a população nordestina pode conhecer de fato quem era o governo do PT”, criticou o parlamentar.
Segundo o tucano, está claro o desprestígio que os governo Dilma e Lula dispensaram à principal obra do Nordeste brasileiro. “O último contingenciamento que acompanhei foi de 44% do Ministério da Integração, além dos sucessivos adiamentos [no andamento das obras]. O governo do PT se comprometeu em concluir a transposição em 2012 e o governo Temer corre atrás do prejuízo para acelerar as obras em atraso. Após as sucessivas cobranças da bancada do Nordeste, o presidente em exercício atendeu a esse pleito, ao contrário do governo anterior, que também recebia as mesmas cobranças, mas sempre se fez indiferente ao que considero o problema mais sensível da região, que é a falta d’água, um bem essencial.”
De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira (12), o governo passou a garantir um pagamento mensal de R$ 215 milhões para que os dois principais canais, de 477 km de extensão, sejam concluídos em dezembro e, entre abril e maio de 2017, possam abastecer cidades que sofrem com a seca na região. Já para os estados de Alagoas, Ceará, Pernambuco e Paraíba foram triplicados os repasses mensais para obras de barragens e mais 1.300 quilômetros de canais secundários e adutoras – necessárias para garantir que a água chegue a quem precisa. Os valores passaram de R$ 6 milhões a R$ 10 milhões por mês por estado para R$ 15 milhões a R$ 30 milhões.
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