Após ausência em comissão, Dilma agora diz que vai ao Senado se defender
Depois de faltar à sessão na comissão especial do impeachment do Senado em que faria a sua defesa, a presidente afastada Dilma Rousseff agora afirma estar disposta a comparecer ao plenário da Casa no dia do julgamento final do processo. Em entrevista à rádio mineira Itatiaia nesta quarta-feira (13), a petista tentou justificar sua ausência no colegiado dizendo que não era de seu “interesse” falar para apenas uma parte dos senadores, mas para o conjunto, de quem precisa de votos favoráveis.
O senador Dalírio Beber (PSDB-SC) reforça que, apesar das escolhas de Dilma, não há dúvidas de que o amplo direito de defesa foi assegurado à petista na comissão.
Dilma reiterou na entrevista acreditar que será reconduzida ao cargo e que nada do que foi apresentado ao longo do processo justifica seu afastamento. Mas para Beber, as evidências contra a presidente são fortes e Dilma não convencerá os parlamentares de que não cometeu crimes de responsabilidade.
“Na verdade, já está mais que comprovado de que, de fato, vimos sacar a descoberto recursos vultosos das contas do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do BNDES. E tenho certeza de que os brasileiros também estão acompanhando de forma muito atenta, no sentido de fazer com que o Senado Federal, ao se pronunciar em definitivo, decrete a perda do mandato, para que aí sim se possa cobrar muito mais responsabilidade”, afirmou.
Pelo prazo definido no cronograma da comissão pelo relator, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), o plenário do Senado decidirá no dia 9 de agosto se Dilma vai a julgamento final. O processo deve ser concluído no final do próximo mês.