Após decreto de Temer, doação de órgãos bate recorde em 2016

Saúde - 10/03/2017

O Brasil registrou em 2016 o maior número de doadores de órgãos efetivos da história do país, tanto em números absolutos quanto em taxa por milhão da população. Foram registrados 2.938 doadores, um índice de 14,6 por milhão de pessoas. O número é 5% maior do que o identificado em 2015. O país também bateu recorde nos transplantes de coração, com 357 procedimentos realizados no ano passado. Além disso, houve um crescimento de 103% na quantidade de potenciais doadores entre 2010 e 2016, passando de 4,9 mil para mais de 10 mil. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde nessa quinta-feira. O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) comemora o crescimento positivo dessas estatísticas. O tucano acredita que o resultado se deve, entre outros fatores, a um decreto assinado pelo presidente Michel Temer em junho do ano passado, que estabelece que a Aeronáutica deva manter um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em solo, à disposição para qualquer chamado de transporte de órgãos ou de pacientes em aguardo de transplante no Sistema Único de Saúde (SUS).

“[O decreto] contribui não só pela logística que oferece, mas também pelo estímulo e conscientização, para que a gente tenha uma nação, uma comunidade solidária, onde cada um ajude a dificuldade alheia. É algo que precisa ser estimulado, como o governo já mostrou ter a sensibilidade de fazer. É uma soma, e eu espero que esse número só aumente”, disse.

Pedro Cunha Lima também reforça a responsabilidade do governo em informar a população sobre a importância em permitir a doação de órgãos de familiares, e de se cadastrar em bancos de doadores, como o REDOME, um dos maiores registros de doadores de medula óssea do mundo. Com isso, ele espera que os procedimentos de transplante cresçam ainda mais.

“Tem essa obrigação, essa responsabilidade e com certeza assumirá essa função. Não só pela questão de saúde pública, mas para que a gente consiga espalhar na nossa sociedade que hoje parece ter tantos antagonismos e tantas rixas, a gente possa conscientizar que nós somos um só povo. Somos todos brasileiros e é preciso haver solidariedade”, declarou.

Segundo o Ministério da Saúde, houve também um aumento geral nos transplantes, especialmente de rim, fígado, medula óssea e pulmão.

X
10/03/2017