Após demissões de “afilhados políticos” do PT, Hauly defende que comissionados peçam para sair
O aparelhamento político promovido pelo Partido dos Trabalhadores nas gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente afastada Dilma Rousseff se espalhou por diversos ministérios, mas a determinação do presidente em exercício, Michel Temer, é modificar o quadro atual. Depois de 81 demissões de afilhados políticos do PT no Ministério da Cultura, o Ministério da Saúde exonerou, nesta quinta-feira (28), 73 pessoas que ocupavam cargos de confiança na pasta. A ordem de Temer é enxugar mais de quatro mil vagas na Esplanada.
O ministério foi a quarta pasta a promover demissões de servidores que ocupavam cargos de confiança nos últimos dias. Outros 148 cargos foram cortados nos ministérios do Planejamento e das Relações Exteriores.
O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) elogiou a medida adotada pelo governo. “Tem que diminuir o número de cargos de uma forma geral. É preciso que desocupe, mas desde que não faça falta, não dê descontinuidade no serviço público oferecido à população brasileira. Estamos apoiando e aplaudindo essas medidas”.
Para o tucano, por uma questão ética, quem está em cargo comissionado, inclusive, deveria se demitir e não esperar a exoneração. “Quem está no cargo deveria ter pedido para sair e não ficar na ‘boquinha’, querendo se aproveitar de um governo que não é deles. Lamentavelmente, mais um ato negativo do PT, do Lula e da Dilma que, ao invés de desocupar todos ministérios, eles ficam encrustados, como se fosse carrapato nos cargos em comissão do governo federal”, critica o parlamentar.
De acordo com matéria do jornal O Globo, um decreto foi publicado, no dia 10 de junho, estabelecendo o prazo de 30 dias para que as pastas enviem ao Ministério do Planejamento as propostas de adequação de suas estruturas, sob pena de intervenção. Além disso, a Casa Civil enviou, na semana passado, ofícios aos 26 ministérios cobrando as demissões e os secretários-executivos foram alertados sobre a necessidade de se chegar em breve à meta estabelecida pelo atual governo.
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