Após Dilma, Brasil pode ter até 3,6 milhões de pessoas na pobreza até o final de 2017
Estudo do Banco Mundial aponta a recessão econômica como ameaça à redução da desigualdade social
Um estudo inédito do Banco Mundial, divulgado esta semana, indicou que o Brasil poderá ter mais de três milhões de pessoas vivendo na pobreza até o fim de 2017. O documento aponta a recessão econômica deixada pelo governo Dilma Rousseff como uma ameaça aos avanços na redução da pobreza e da desigualdade social no país. Para o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE), o governo federal precisa de um novo planejamento para se adaptar à nova realidade do Brasil.
“Esse é o reflexo de uma crise econômica, mas é o reflexo também de uma nova realidade global. Esse perfil de pessoas que estão inseridas nas áreas urbanas, que já tiveram acesso a algum nível de educação, mas que não estão inseridas nas oportunidades do mercado de trabalho. Esse é um novo desafio que é reflexo desses últimos dez anos de desmandos, da crise econômica que a gente está vivendo, mas para a gente poder sair dessa situação precisa de um planejamento de médio e longo prazo.”
Segundo o estudo do Banco Mundial, também deve existir um perfil diferente para os “novos pobres”. Serão jovens adultos, escolarizados e urbanizados. O deputado Daniel Coelho defende uma modernização no mercado de trabalho brasileiro, e cita a reforma trabalhista – já com comissão instalada na Câmara dos Deputados – como um passo importante para aumentar o mercado no Brasil.
O Banco Mundial ainda fez duas simulações do aumento da pobreza no Brasil – sendo uma mais otimista e outra pessimista. Segundo a instituição, seria necessário aumentar o orçamento dos recursos do Bolsa Família neste ano para conter a situação, voltando assim para o mesmo patamar de 2015.