Após Dilma, Brasil pode ter até 3,6 milhões de pessoas na pobreza até o final de 2017

Estudo do Banco Mundial aponta a recessão econômica como ameaça à redução da desigualdade social

Imprensa - 14/02/2017

Um estudo inédito do Banco Mundial, divulgado esta semana, indicou que o Brasil poderá ter mais de três milhões de pessoas vivendo na pobreza até o fim de 2017. O documento aponta a recessão econômica deixada pelo governo Dilma Rousseff como uma ameaça aos avanços na redução da pobreza e da desigualdade social no país. Para o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE), o governo federal precisa de um novo planejamento para se adaptar à nova realidade do Brasil.

“Esse é o reflexo de uma crise econômica, mas é o reflexo também de uma nova realidade global. Esse perfil de pessoas que estão inseridas nas áreas urbanas, que já tiveram acesso a algum nível de educação, mas que não estão inseridas nas oportunidades do mercado de trabalho. Esse é um novo desafio que é reflexo desses últimos dez anos de desmandos, da crise econômica que a gente está vivendo, mas para a gente poder sair dessa situação precisa de um planejamento de médio e longo prazo.”

Segundo o estudo do Banco Mundial, também deve existir um perfil diferente para os “novos pobres”. Serão jovens adultos, escolarizados e urbanizados. O deputado Daniel Coelho defende uma modernização no mercado de trabalho brasileiro, e cita a reforma trabalhista – já com comissão instalada na Câmara dos Deputados – como um passo importante para aumentar o mercado no Brasil.

“Nós precisamos fazer reformas que sinalizam para uma legislação mais moderna dentro dessa questão do trabalho. Os debates da reforma trabalhista, eu acho que são animadores, você começa a dar a possibilidade de contratos temporários, por hora, de uma forma mais flexível, exatamente para atingir o desempregado. A reforma não vai mexer com quem está trabalhando, mas mexe com quem não está.”

O Banco Mundial ainda fez duas simulações do aumento da pobreza no Brasil – sendo uma mais otimista e outra pessimista. Segundo a instituição, seria necessário aumentar o orçamento dos recursos do Bolsa Família neste ano para conter a situação, voltando assim para o mesmo patamar de 2015.

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14/02/2017