Após Dilma, inflação fecha abaixo do teto da meta em 2016
“É só o começo. A economia começa a dar bons sinais”, afirma o deputado Fabio Sousa
Depois da disparada inflacionária de 2015, quando o ano fechou com inflação em 10,67%, o Brasil finalmente registrou o menor Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em três anos, com taxa de 6,29% em 2016. O resultado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira. O IPCA encerrou 2016 abaixo do teto do intervalo do sistema de metas da inflação, de 6,5%.
Entre os grupos estudados pelo instituto, alimentos, saúde e cuidados pessoais impediram que a desaceleração da inflação fosse ainda maior. O reajuste dos planos de saúde chegou a 13,55%, enquanto os medicamentos ficaram 12,5% mais caros. Em compensação, os custos de alimentos como batata inglesa, tomate e cebola caíram.
O deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO) comemora o resultado. Ele explica que a recessão foi responsável por grande parte da contenção de preços dos últimos meses, mas garante que a mudança nos quadros político e econômico já manifesta reações positivas, que serão sentidas ao longo de 2017.
“É só o começo. A economia começa a dar bons sinais. Tendo um controle maior das contas a gente tem uma resposta melhor. Acho que o governo acerta nisso.”
O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) ressalta que o grande desafio do Brasil em 2017 será a conter o avanço desses preços, e que os sinais dados pela economia são bons.
“Na prática, o que a gente espera – já que agora estamos batendo o recorde na produção de grãos –, é que haja uma possibilidade de recuperação dos preços das commodities no mercado internacional. Há uma grande chance de ter uma boa recuperação na economia em função disso.”
O destaque entre os itens que mais colaboraram com a redução da pressão sobre os preços foi a energia elétrica. No ano passado, a bandeira tarifária passou de amarela para verde, indicando que não houve custo adicional na conta de luz.