Após Dilma, mercado financeiro espera inflação menor em 2017 e 2018

Notícias - 17/04/2017

Especialistas do mercado financeiro reduziram as expectativas para a inflação em 2017 e 2018. Pela sexta semana consecutiva, a média das estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada para baixo – passando de 4,09% para 4,06% neste ano. Já em 2018, a previsão recuou de 4,46% para 4,39%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. O economista e deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) aponta o conjunto de reformas propostas pelo governo federal como responsável pela retomada da economia brasileira.

“Agora, com o governo Temer do lado das expectativas da confiança, há boas notícias: a aprovação da expansão do teto de gasto público, a discussão de reformas estruturantes como a previdenciária, a trabalhista, a tributária. Enfim, um conjunto de ações que melhora o ambiente e a confiança. E um rumo de ser claro e transparente em relação aos problemas fiscais”, afirmou.

O mercado financeiro também espera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,40%. Apesar do otimismo, Marcus Pestana faz um alerta para o momento atual enfrentado pelo país. Para o tucano, as reformas a serem votadas são fundamentais para contornar a crise.

Para a Selic – um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação -, as estimativas para 2018 permaneceram em 8,50%. Segundo o Banco Central, essa taxa deve ser mantida até o final do ano que vem. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

“Nós ainda temos uma longa travessia. O desequilíbrio financeiro do setor público – que agora é tratado de uma forma transparente, é gravíssimo. Se não fizermos mudanças substantivas, a economia não voltará aos trilhos”, afirmou Pestana.

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17/04/2017