Após Dilma, mercado melhora previsão de crescimento do PIB brasileiro para 2017
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central esperam um melhor desempenho da economia brasileira em 2017. De acordo com o Boletim Focus, emitido pela instituição, a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano que vem saltou de 1,20% para 1,23%. Nas projeções para 2016, os ajustes são semelhantes. A queda do PIB para este ano, segundo os economistas, será de 3,16%, contra os 3,20% estimados anteriormente, como revela reportagem publicada nesta segunda-feira (29) pelo jornal Valor Econômico.
Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), a análise do Banco Central leva em consideração o desfecho do processo de impeachment com o afastamento definitivo de Dilma Rousseff e a consequente retomada da confiança na economia e nos projetos do novo governo.
“O Brasil – hoje na expectativa do desfecho do processo de impeachment – tem uma perspectiva cada vez mais otimista em relação à retomada desse crescimento. Passado o processo do impeachment e das eleições municipais, chegarão ao Congresso Nacional as reformas importantes para que o país saia dessa situação em que ele se encontra: a questão da Previdência é essencial, do equilíbrio fiscal com a PEC que trata do teto de gastos”, afirmou o tucano.
A melhoria no crescimento, no entanto, não deve se repetir em relação à inflação. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção do Banco Central passou de 5,12% para 5,14%. Mas a questão inflacionária, segundo Rogério Marinho, não deve ser o principal indicador econômico do país. Para o deputado, outros fatores devem impulsionar a economia brasileira no futuro.
“O Banco Central hoje está muito focado na questão da inflação. Eu acredito inclusive pelo que ouvi do ministro [Henrique] Meirelles de que isso deve ser modificado. O Banco Central deve levar em conta também a necessidade de retomada do crescimento do país, do aumento de empregos formais, da melhoria do ambiente de uma maneira geral, e não apenas a questão inflacionária.”
A avaliação do mercado financeiro para a taxa básica de juros é de que, em 2017, o índice deve ficar em 11,25%, ante 13,75% previstos para o fim de 2016.
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