Após fim da era petista, tucanos esperam do governo Temer reformas estruturantes
“Governar é o que se precisa. Diminuir o desemprego e fazer as reformas sem prejudicar os direitos adquiridos pela população”
Brasília (DF) – Os 13 anos e quatro meses de gestão petista à frente da Presidência da República deixaram no Brasil uma marca difícil de ser apagada: escândalos de corrupção, economia deteriorada e uma crise política, moral e social sem precedentes. Mas, virada a página do impeachment, que afastou Dilma Rousseff definitivamente do poder, tucanos avaliaram que é hora de o governo do presidente Michel Temer realizar as necessárias reformas estruturantes que a gestão petista nunca teve coragem e competência para fazer, permitindo que os brasileiros substituam o medo do futuro pela esperança.
“Espero que o presidente Temer possa agora efetivamente mostrar que assumiu o compromisso, e a gente busque se livrar dessa herança maldita que Lula, Dilma e o PT deixaram para todos os brasileiros, com todos os índices da economia deteriorando, com a perda de credibilidade internacional, com a falta de esperança do brasileiro em um futuro melhor. Que ele [Temer] possa se aprofundar nas reformas estruturantes criando um cenário em que o país poderá sair desse atoleiro em que se encontra”, afirmou o deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP).
O parlamentar também disse esperar pelo dia em que a ex-presidente Dilma Rousseff possa, enfim, reconhecer a sua responsabilidade pelas “pedaladas fiscais” e pela edição dos decretos de suplementação orçamentária, sem o aval do Congresso, que fizeram com o seu mandato fosse cassado.
“Que ela possa, em algum momento, admitir os seus erros publicamente. Que ela possa, depois de passado esse processo todo, contar para toda a população o que ela, Lula e o PT aprontaram nesses 13 anos. Ainda tenho esperança de que ela possa a vir à público e confessar tudo aquilo que o Senado, em parte, já reconheceu. Certamente, ela tem muita coisa a passar a limpo”, avaliou.
Quanto à gestão Temer, o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) cobrou do governo mais transparência e eficiência na gestão pública, que acabou sucateada durante a administração petista, com as instituições inchadas e transformadas em ‘cabides de empregos’. “Senti alívio pelo fim de um governo corrupto e incompetente, e esperança de começarmos um novo tempo onde prevaleça a transparência e a eficiência na gestão pública”, disse.
Foi para garantir esse princípio de governança que o PSDB apoiou a criação da Lei de Responsabilidade das Estatais, relatada no Senado Federal por Tasso Jereissati (PSDB-CE). A nova lei prevê que as empresas deverão elaborar relatórios de execução do orçamento, de projetos e de riscos, que deverão ser disponibilizados para consulta pública. A legislação também lista requisitos mínimos para a profissionalização e nomeação de membros para os conselhos de administração das estatais.
Hora de cuidar do Brasil
O deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) acrescentou que a realização das reformas estruturantes vai calar definitivamente o discurso petista, que insiste em classificar o impeachment de Dilma como uma injustiça. “Governar é o que se precisa. Fazer as realizações, diminuir o desemprego e fazer as reformas sem prejudicar os direitos adquiridos pela população, de forma a tentar ‘tirar o atraso’ dessa incompetente governante que tivemos”, destacou o tucano.
Por sua vez, o deputado federal Caio Nárcio (PSDB-MG) lembrou que a hora não é de rancor, e sim de “algo que é muito maior que nós todos, que é cuidar do Brasil”. Já o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) manifestou o desejo de que o Brasil “reencontre o caminho do progresso, do desenvolvimento, da paz e da moralidade”, para que possa ser reconstruído tudo aquilo que o país perdeu ao longo dos últimos 13 anos.