Após proibição de doações de empresas, eleição municipal deste ano deverá ser a mais barata das últimas décadas
Brasília (DF) – Com a proibição das doações de recursos de pessoas jurídicas para as campanhas políticas, as eleições municipais de 2016 deverão ser as mais baratas das últimas décadas. As doações por pessoas físicas, historicamente, equivalem a uma pequena fração do total gasto pelos candidatos. Para se ter uma ideia, em 2014, pessoas físicas doaram o correspondente a apenas 21% do total arrecadado por partidos e comitês. As informações são de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo (21).
Caso a medida tivesse sido aplicada na eleição anterior, o total arrecadado em 2012 seria de R$ 650 milhões, segundo um levantamento do projeto Às Claras, da Transparência Brasil. O valor não chega nem à metade do total gasto na eleição municipal mais barata já registrada: R$ 1,4 bilhão em 2004.
Para o pesquisador do Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Diogo Rais, as eleições de 2016 servirão como uma espécie de “laboratório” para testar a eficácia das mudanças no financiamento eleitoral. “As vedações impostas ao financiamento de campanha somadas à estipulação de limite de gastos modificarão profundamente a campanha eleitoral no Brasil”, disse ao Estadão.
Rais destacou que a determinação do teto nos gastos de campanha pode auxiliar a população na fiscalização das verbas. “A principal vantagem esperada [das mudanças na legislação] é o controle prévio, rígido e amplo, indo além do montante arrecadado procurando controlar todo o ciclo financeiro da campanha”, completou o pesquisador.
Leia AQUI a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.