Aprovação do impeachment de Dilma marca início de momento positivo para o país, dizem tucanos

“Nós queremos que esse governo lute por medidas que vão recuperar a economia”, declarou Silvio Torres

Imprensa - 31/08/2016

Sessão do Impeachment contra Dilma Rousseff.Lideranças do PSDB visualizam um futuro positivo para o país com a saída definitiva de Dilma Rousseff da Presidência da República. Por 61 votos favoráveis ao impeachment e 20 contrários, a ex-presidente foi condenada por ter cometido crimes de responsabilidade – as chamadas “pedaladas fiscais”, caracterizadas pelos atrasos de pagamentos da União para bancos públicos, e a emissão de decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional. Com a decisão, o presidente Michel Temer permanecerá no comando do Planalto até o fim de 2018. Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), a perspectiva é de que sem Dilma no poder, a luta contra a crise econômica será mais eficiente.

“Agora volta a esperança, um cenário novo, com a perspectiva de que o Brasil vai conseguir sair dessa crise. Como estava antes era impossível. Sem o ajuste fiscal, sem a recuperação dos valores éticos e morais o Brasil não vai sair da grave crise que o PT colocou. E o presidente Michel Temer – mesmo antes do processo de afastamento provisório da presidente ter acontecido – já tinha assumido o compromisso não apenas conosco, mas como todo o país”, disse o parlamentar.

O secretário-geral do PSDB, deputado federal Sílvio Torres (SP), lembrou que o apoio firmado entre o partido e o governo Temer segue o pressuposto de que haverá um esforço concentrado pela recuperação da estabilidade política e econômica.

“Fazer as reformas, combater o desemprego, seguir sem influenciar a Lava Jato e outras investigações. Isso são medidas imediatas que o PSDB efetivamente não vai deixar que sejam postergadas. Essas são condicionantes. Nós damos o apoio, formamos o governo, mas nós queremos que esse governo lute por essas medidas que vão recuperar a economia e nisso nós estaremos juntos”, explicou Torres.

Apesar do impeachment de Dilma, outra decisão do plenário do Senado livrou a petista da inabilitação para o exercício de função pública por oito anos. Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e atuar em outros postos na administração pública. A determinação foi criticada por senadores contrários a Dilma.

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31/08/2016