Ataides Oliveira critica nova prorrogação de estado de exceção na Venezuela: “medida unilateral e autoritária”
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo (13), durante seu programa semanal de televisão, que prorrogará pela quinta vez o decreto que declara estado de exceção e emergência no país, estabelecido desde janeiro. Ao revelar sua decisão, Maduro afirmou que a medida serve para enfrentar a “guerra econômica” causada, segundo o ditador, pelo empresariado e pela oposição para gerar insatisfação popular. As informações são de matéria publicada no portal G1 nesta segunda-feira (14).
“Procedo constitucionalmente a prorrogar o estado de exceção e emergência econômica em todo o território nacional (…) para continuar governando e enfrentando a guerra econômica, apoiando o povo”, comunicou Maduro. Segundo o G1, nenhuma das cinco prorrogações do estado de exceção foi autorizada pelo Congresso, mas sim pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Com o estado de exceção em vigor, o governo Maduro passa a ter mais poder em diversos setores, como segurança e energia, por exemplo.
O senador Ataides Oliveira (PSDB-TO), membro da Comissão de Direitos Humanos no Senado, classifica a decisão do governo bolivariano de Maduro como uma medida “autoritária e unilateral”. Para o tucano, a instauração de um estado de exceção como arma política é um mecanismo incompatível com as democracias.
“Eu vejo [esta decisão] com muita tristeza. Nós estamos no século 21, e você ainda ver governo autoritário como o governo Chávez e, como consequência, o governo Nicolás Maduro, é lamentável. Agora, este governo autoritário da Venezuela está com os dias contados. Este Estado de exceção, pela quinta vez imposto ao povo venezuelano, é um crime. Acredito que esse governo do Maduro deve cair o mais rápido possível. Ele está fazendo tudo em afronta ao povo venezuelano”, condenou o parlamentar.
Além de prorrogar o estado de emergência na Venezuela, o líder venezuelano ainda rechaçou a possibilidade de antecipar as eleições no país e fez um apelo ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que o governo norte-americano revogue o decreto que avalia o governo venezuelano como uma ameaça antes que o presidente eleito Donald Trump assuma o poder, no início do ano que vem
“Aspiro a que [o presidente] Barack Obama corrija antes de finalizar seu governo e derrogue o decreto que considera a Venezuela uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança dos Estados Unidos”, disse Maduro, de acordo com a reportagem do G1.
Na visão de Ataides, o pedido de Maduro não será atendido nem por Obama, tampouco por Trump, por conta das violações cometidas por sua gestão.
“Além de autoritário, [o governo venezuelano ] é abusado. Ele [Maduro] fazer um expediente ao presidente Barack Obama, conhecendo o presidente Barack Obama como ele pensa, e pedir a revogação [do decreto], é uma brincadeira de menino. Evidentemente que o Obama jamais vai conceder, e digo mais: não acredito que o Trump também venha a conceder. O que tem que acontecer na Venezuela é a queda desse governo autoritário e corrupto”, avaliou o tucano.
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