Atividade econômica em dezembro entusiasma projeção do governo para 2017

Imprensa - 26/01/2017

bolsadevaloresO ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está convencido de que os primeiros avanços na economia registrados em dezembro do ano passado vão resultar em crescimento para 2017. Em conversa com o jornal Valor Econômico, Meirelles fala em reação na atividade econômica já para o primeiro trimestre deste ano. As expectativas são baseadas em uma série de indicadores positivos levantados pela equipe econômica do governo no mês passado: aumento em 5% na produção de veículos, crescimento de mais de 1% na produção de caixas, chapas, acessórios e papelão ondulado, além de elevação na importação, no consumo de energia e movimento de pedágio. A Fazenda também vê a queda da inflação e a redução da taxa básica de juros como variáveis que podem colocar para cima as projeções de expansão do Produto Interno Bruto do país. O deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP) afirma que as medidas econômicas recentes justificam o otimismo do governo.

“A aprovação do teto dos gastos públicos, a reforma da educação, inúmeras medidas foram adotadas em 2016. O que nós estamos percebendo agora em 2017 é o reflexo dessas medidas. Há sinais claros de que a economia gradualmente vai se recuperar. Você tem aí inflação sob controle, aumento na produção dos veículos, o PIB dá sinais de crescimento. Todo esse quadro nos dá a certeza de que estamos no caminho certo”, declarou.

Mas as condições para que o crescimento se estabeleça vão além dos indicadores. Miguel Haddad diz que a aprovação de reformas é fundamental para o cumprimento do teto de gastos da União, aprovado no ano passado. O parlamentar destaca a importância da reforma da Previdência, sem a qual o reequilíbrio das contas públicas pode estar ameaçado.

“Nós temos uma série de medidas ainda a serem adotadas. As medidas já colocadas e aprovadas em 2016 foram importantes, mas por si só não são suficientes. Então a reforma da Previdência é necessária. É um trabalho difícil, mas necessário. A reforma da Previdência é essencial para a retomada da economia”, disse.

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26/01/2017