Ausência de Dilma nas campanhas do PT é prova de sua insignificância, afirma Paulo Martins

Imprensa - 10/08/2016

paulo martins foto alexssandro loyolaO isolamento enfrentado por Dilma Rousseff dentro de seu próprio partido vem ficando cada vez claro com a proximidade das eleições municipais deste ano, que serão realizadas em outubro. Como destaca matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (10), o uso da imagem da presidente afastada nas campanhas dos candidatos do PT é quase inexistente.

Entre os poucos casos em que Dilma é usada nas campanhas, a frequência maior é registrada no Nordeste, onde nomes como Paulo Fernando dos Santos e João Paulo, candidatos petistas em Maceió e Recife, respectivamente, já declararam que desejam contar com a participação efetiva de Dilma em suas campanhas. No Sul e no Sudeste, entretanto, onde a rejeição ao PT é maior, as aparições da presidente afastada são bem mais raras.

O esquecimento vivido pela petista nas campanhas petista é, segundo a avaliação do deputado federal Paulo Martins (PSDB-PR), totalmente natural diante da falta de relevância que ela tem no cenário político do país. O tucano acredita que, para um candidato à prefeitura, não há “nenhum sentido” em tê-la ao seu lado durante a campanha.

“Ela, para a história, não vai significar absolutamente nada, a não ser por ser a presidente que sofreu um impeachment”, ressaltou. “Ela não significa exatamente nada como liderança, como intelectual, nem como obra, nada. O seu próprio partido vai entendendo isso aos poucos, por instinto ou por método, e a Dilma vai caindo no esquecimento”, acrescentou o parlamentar.

Lula

Mesmo na situação de réu da Operação Lava Jato e investigado por diversas irregularidades, como as que envolvendo sítio de Atibaia e o tríplex do Guarujá, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo utilizado com uma frequência muito maior do que Dilma em eventos e convenções do PT relativas ao pleito de outubro. Para Paulo Martins, este fato traduz a falta de representatividade da presidente afastada dentro do PT.

“O Lula, apesar de ser um dos maiores malandros do mundo, é uma figura histórica, há uma construção. O Lula tem uma história, tem uma narrativa de criação como líder de base, no sindicato, no ABC, teve a criação do partido, sua atuação no Congresso, ele foi o presidente da República, então o Lula existe. Já a Dilma não, ela é um subproduto do lulismo, e que por acidente acabou na presidência da República”, analisou o tucano.

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10/08/2016