Banco do Brasil vai liberar R$ 50 bilhões para concessões em infraestrutura

Notícias - 29/08/2017

Brasília (DF) – Após uma longa recessão que tirou a confiança dos investidores e deixou mais de 13 milhões de desempregados, a economia brasileira finalmente dá sinais de melhora, graças às políticas fiscais colocadas em prática pela nova equipe de governo, como as parcerias público-privadas. Demonizadas pela gestão petista em um primeiro momento, elas acabaram reconhecidas como necessárias, ainda que de forma envergonhada pela ex-presidente cassada Dilma Rousseff – mas em escala muito menor que o país precisa.

É seguindo essa política, que sempre foi defendida pelo PSDB, que o Banco do Brasil estuda liberar até R$ 50 bilhões em crédito para concessões em 18 projetos de infraestrutura. O banco também pretende adotar um novo modelo de financiamentos, diferente do que vigorou durante a gestão Dilma, quando os empréstimos de longo prazo dependiam fortemente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A antiga política fez com que muitos projetos acabassem naufragando. Já a nova, segundo o presidente do BB, Paulo Caffarelli, agrada ao mercado e dará um novo impulso ao setor.

“Acredito muito que o grande estímulo à retomada [da atividade econômica] mais intensa sejam os processos de infraestrutura. Não tem nenhum outro segmento que vá mobilizar de uma forma tão forte como a retomada dos projetos de infraestrutura”, disse Caffarelli, em entrevista publicada nesta terça-feira (29) pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Para o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), são diversos os exemplos, estampados nas capas dos jornais, que ilustram o processo de recuperação da economia, ainda que a passos lentos. São medidas que estão em discussão no Congresso Nacional.

“A recente revolução produzida nas regras que regem as relações trabalhistas começará a gerar efeitos positivos no emprego e na produtividade. As mudanças no marco regulatório do pré-sal e a reengenharia gerencial na Petrobras começam a redinamizar o setor. O agronegócio continua dando show de competência, inovação e resultado. O novo marco da mineração enviado ao Congresso deve modernizar o segmento”, elencou o tucano, em artigo publicado no jornal O Tempo (MG).

“É evidente que há um abismo a separar a sociedade e o sistema político. Mas é também verdade que apenas ele pode produzir decisões para nos tirar do atoleiro em que o governo Dilma meteu o país”, justificou.

BNDES

O parlamentar avaliou ainda que as políticas de indução ao desenvolvimento agora têm espaço para prosperar, coisa que não aconteceu durante a era petista. Basta analisar a própria atuação do BNDES ao longo dos últimos anos, deixando de fomentar a economia e sendo submetido a diversos escândalos de corrupção.

Por isso, Pestana comemorou a aprovação pela Câmara da Medida Provisória 777/2017, que substitui a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pela Taxa de Longo Prazo (TLP) nas operações do BNDES.

Em sua avaliação, a medida aponta “para o rumo da redemocratização da taxa de juros, para a maior transparência nas relações Tesouro Nacional e BNDES, e para a redução dos subsídios que a sociedade transfere para as empresas dentro da política de incentivo aos investimentos”.

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29/08/2017