Brasil avança em acordo entre Mercosul e União Europeia

Um acordo bilateral entre o Mercosul e a União Europeia poderá ser assinado no início de 2018. Segundo o subsecretário geral de assuntos econômicos e financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Cozendey, o órgão deve começar reuniões já no mês que vem para buscar um acordo com um grupo de países europeus, que inclui Suíça, Noruega e Islândia. O Itamaraty está sob o comando do tucano Aloysio Nunes Ferreira, que adotou nova postura à frente das relações internacionais brasileiras sem mirar apenas países com afinidade política – prática adotada ao longo de governos do PT.
O deputado federal Major Rocha (PSDB-AC) explica como o tratado vai beneficiar a nação brasileira. “Vai abrir as portas do mercado europeu para empresários brasileiros para investir e vice-versa. O acordo é bom para os dois lados. Vai abrir a possibilidade de negócios de empresários brasileiros, vai abrir as portas para o agronegócio brasileiro – que é um dos mais competitivos do mundo, e mais que isso, vai facilitar também uma série de questões migratórias.”
Já para o segundo semestre, a expectativa é que tenham início conversas comerciais com o Canadá. O deputado Rocha elogia a gestão do chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, e faz críticas aos governos do PT nas relações exteriores. Para o tucano, a conduta do Itamaraty era de afinidade ideológica para os acordos entre os países aliados do PT.
“Nós estamos muito animados com a gestão. Até porque, ele [Aloysio Nunes] com essa gestão está dando um novo gás ao Mercosul. O Mercosul era um bloco que era fadado ao fracasso. E com o trabalho do senador, e hoje ministro, chanceler, Aloysio Nunes, o Mercosul tem uma chance de revitalizar. Hoje o Mercosul tá fechado e estava restrito aos países que tinham uma afinidade ideológica. Ou seja, que não representavam interesses estratégicos para a gente.”
Representantes dos dois blocos têm uma agenda mensal de reuniões até dezembro, com exceção do mês de agosto, que é de férias de inverno no Hemisfério Norte. Para aprofundar e alcançar a fase final das conversas, o subsecretário do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Cozendey, disse que era preciso passar pelas eleições francesas, que terminaram no último domingo.