Brasil despenca em ranking de educação durante governo Dilma
“Indicadores refletem realidade do caos instalado durante gestões do PT na educação”, avalia Gomes de Matos
Brasília (DF) – O Brasil regrediu nos principais indicadores da área de educação durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Apesar do slogan da “Pátria Educadora” adotado pela petista, a pontuação alcançada pelo Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) – prova coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que oferece um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos alunos de 70 países -, evidencia que, além da qualidade do ensino no país ter caído, o investimento no setor não tem se convertido em resultados. Nas três áreas avaliadas – Ciências, Leitura e Matemática – o Brasil regrediu, tanto em relação ao último exame, em 2012, quanto no ranking mundial: o país ficou na 63ª posição em Ciências, 59ª em Leitura e na 66ª colocação em Matemática.
As informações são de reportagem publicada nesta terça-feira (06) pelo portal G1. O declínio dos alunos brasileiros, no entanto, é inversamente proporcional ao investimento feito pelo governo federal no setor. Em 2012, durante o governo da ex-presidente, o Brasil investia por estudante o equivalente a 32% dos países mais ricos. Em quatro anos, o índice subiu para 42%. Ainda assim, o Brasil aparece com um dos piores ensinos do mundo, o que comprova que apenas repassar os recursos sem políticas públicas adequadas para o setor não se reflete em resultados diretos.
O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) avaliou que os indicadores obtidos pelo Brasil no Pisa refletem “a realidade do caos instalado durante as gestões do PT na educação”.
“Não se criou na rede educacional, como também em vários outros segmentos, a corresponsabilidade na qualidade do ensino. Houve muita publicidade, muitos programas sinalizando a melhoria do ensino, até o slogan da presidente Dilma era ‘Pátria Educadora’. No entanto, deixou-se muito a desejar na qualificação dos professores, com toda a instabilidade em relação à remuneração, e em toda a questão metodológica da educação”, constatou.
No Brasil, a prova foi aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 23.141 estudantes de 841 escolas, o representa 73% dos estudantes de 15 anos do país. Os resultados foram medidos em uma escala de níveis de proficiência que iam de 1 a 6. O mínimo esperado é o nível 2, considerado básico para “a aprendizagem e a participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo globalizado”. Só que, em todas as áreas, mais da metade dos estudantes brasileiros ficaram abaixo do nível 2.
Para o parlamentar tucano, os governos petistas investiram na educação de forma equivocada, desperdiçando recursos públicos sem obter os resultados esperados.
“O fato é que a falta de investimento na pré-escola, tudo isso, no ensino fundamental gera a má-formação do brasileiro. Esse resultado era, praticamente, até esperado. A gente também observa que vários outros segmentos ficam dando apoio às invasões das escolas, mas, na hora de se debater com seriedade a modificação do ensino médio, que é fundamental, ficam lá fazendo oposição, e isso leva o país a uma desconstrução”, ressaltou.
Investimento X qualidade
A desconexão entre o nível de investimento e a qualidade do ensino brasileiro fica ainda mais evidente quando se analisam países vizinhos como o Chile que, proporcionalmente, investe 5,7% menos que o Brasil na educação, e se encontra 20 posições acima no Pisa. Segundo o Instituto Idados, dentre 34 países, o Brasil é o quinto no percentual de verbas destinadas para as salas de aula: 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB).
“A gente vê isso não só em relação à América Latina, mas também outros países, como por exemplo a Coreia do Sul. Houve um investimento maciço na qualificação, na carga horária, fazendo com que o potencial que o país hoje tem fosse fruto de uma decisão construída com todos os pares para ter melhorias educacionais. Já os indicadores educacionais do Brasil nos deixam em uma situação muito crítica em relação a muitos países que, em termos econômicos, tem potência muito menor do que o Brasil”, completou Gomes de Matos.
Leia AQUI a íntegra da reportagem do portal G1.