Brasil e outros 13 países da OEA pedem que Venezuela marque eleições e libere presos políticos

Governos de 14 países, entre eles o Brasil, pedem que a Venezuela liberte seus presos políticos e marque as eleições previstas para este ano. A declaração foi assinada por nações que compõem a Organização dos Estados Americanos (OEA) e que manifestam “profunda preocupação” com a situação venezuelana – que vive um regime político ditatorial sob o comando de Nicolás Maduro, aliado do PT. Até o início deste ano, cerca de 100 pessoas presas no país eram consideradas prisioneiras políticas. A libertação dos presos é uma das principais reivindicações da população.
O deputado federal Adérmis Marini (PSDB-SP) é favorável à pressão exercida sobre a Venezuela, já que a crise política instalada no país é responsável pela forte recessão econômica amargada pelos venezuelanos.
“Esse resultado vem de um sistema político opressor, antidemocrático, socialista, que no mundo moderno não cabe mais. Então a pressão tem que ser feita mesmo, para que o país volte a se abrir, fazer eleições democráticas e ter um governo novo.”
O texto da nota encaminhada a Caracas alerta que a suspensão do país da OEA, já proposta pelo secretário-geral da Organização, será o último recurso antes que sejam esgotados todos os esforços diplomáticos dentro de um “prazo razoável”. Para que a Venezuela seja suspensa, dois terços dos 34 países que integram a OEA devem votar a favor da medida.
Adérmis Marini esclarece que, apesar das sanções que podem ser aplicadas ao país, a intenção do Brasil e de outros países é de promover mudanças favoráveis ao povo venezuelano.
“O Brasil sempre foi solidário principalmente com os latino-americanos. E o objetivo do país é esse, ainda mais agora com a condução de Aloysio Nunes no Ministério das Relações Exteriores. Espero que, de forma diplomática, ele possa fazer coro a esse grupo de países que está fazendo essa pressão e que visa, no meu ponto de vista, o melhor para o povo venezuelano.”
O grupo de países também pede que a Venezuela realize eleições o mais rápido possível, e que o presidente Nicolas Maduro permita que a Assembleia Nacional desempenhe suas funções constitucionais. Maduro cumpre mandato presidencial desde 2013 e seu governo tem o apoio dos ex-presidente Lula e Dilma Rousseff, além do PT.