“Brasil está deixando para trás equívocos do PT”, avalia Vecci

Notícias - 05/07/2017

Brasília (DF) – A saída do Partido dos Trabalhadores (PT) da Presidência da República, após o fim da era Lula e Dilma, representou uma verdadeira revolução para a política externa brasileira. Sob a condução dos ministros tucanos José Serra (SP) e, atualmente, Aloysio Nunes Ferreira (SP), as Relações Exteriores do país evoluíram para um novo patamar, substituindo a política protecionista adotada pela gestão petista pela abertura do mercado brasileiro e a implementação de novas tarifas para reduzir as importações.

As mudanças têm dado resultado. Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil foi o país que mais adotou medidas para facilitar a troca de mercadorias em 2017. Só entre outubro de 2016 e maio deste ano, o país implementou nove ações para reduzir as tarifas de importação. Para se ter uma ideia, em 2015 o Brasil era a terceira nação mais protecionista do G-20, com 23 medidas de proteção à economia interna. Já em 2016, o país ficou na oitava posição, com 11 casos. As informações são do Diário Comércio, Indústria e Serviços (DCI).

Para o deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO), a abertura comercial brasileira é prova de que o país está finalmente deixando para trás as políticas equivocadas postas em prática pelo governo do PT.

“Vejo que está havendo uma mudança gradual nessa questão, e vejo com muitos bons olhos que o nosso país já está saindo dos países mais fechados do mundo, e adquirindo uma luz para que a gente possa ter melhores condições de competição em nível de Brasil. Estamos deixando para atrás essa política nacionalista e equivocada praticada pelo governo do PT”, disse.

‘Boa vizinhança’

O professor de economia internacional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fernando Ferrari Filho, destacou que tanto fatores conjunturais como a agenda política colaboraram para uma maior abertura comercial brasileira. Para o especialista, a equipe econômica do atual governo tem clareza de que as exportações são o caminho, no curto prazo, para ajudar o país a não se afundar ainda mais na recessão.

“Para isso, é preciso ter a política da boa vizinhança com o resto do mundo e diminuir o protecionismo”, constatou Ferrari Filho ao DCI.

Já o deputado Vecci classificou como fundamental a abertura comercial brasileira, para que o país seja incentivado nos campos da produção, da inovação e da competitividade. Exatamente por isso, o tucano avalia que ainda existe espaço para se aprimorar.

“O Brasil melhorou muito, mas ainda tem muito o que melhorar no protecionismo. Nós ainda protegemos inúmeros produtos, inúmeros serviços, em nível de Brasil, que não têm potencial. Por exemplo, a engenharia, com empresas como Odebrecht, OAS, e etc, em que não há uma concorrência, não há um processo de competição em nível de Brasil, e isso certamente se traduz em algumas políticas que, a meu ver, eram totalmente equivocadas, como o conteúdo nacional, conteúdo local, como a possibilidade de se montar campeões nacionais sem levar em conta a importância que a competição traz para o consumidor. Quem tem a ganhar é só o consumidor, porque ele tem produtos melhores a um preço melhor”, completou o tucano.

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05/07/2017