Brasil já é o 17º no ranking de ciência e tecnologia

Notícias - 20/05/2002

O ministro de Ciência e Tecnologia Ronaldo Sardenberg, afirmou em entrevista ao programa NBr, canal de TV a cabo da Radiobrás, que em duas décadas o Brasil passou da 28ª para 17ª posição no ranking mundial de produção de ciência e tecnologia e que isso desperta interesse de outros países em fazer acordos de cooperação nesta área.

“Estamos fazendo um grande esforço para melhorar ainda mais essa posição e temos que ter consciência de que existe uma corrida nesse campo. Os países que mais estão avançando economicamente são aqueles que dão ênfase à ciência e tecnologia. Hoje a ciência e a tecnologia agregam valor à produção e fazem com que o resultado final seja mais lucrativo e tenha melhor qualidade”, explicou.

Sardenberg comentou que o Brasil tem muitos problemas na área comercial, mas que o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, tem sido heróico para remover essas dificuldades. “No caso da Ciência e Tecnologia há um processo que nos leva a um diálogo mais igualitário. Há um interesse externo muito grande pelo Brasil e o ministério está fazendo um esforço especial para corresponder a essa imagem melhorada do país”, observou.

O ministro destacou que o Brasil já firmou acordos de cooperação com 15 países diferentes e que no mês passado, ele esteve nos Estados Unidos para estreitar acordos nesta área. “Nós combinamos a visita de uma delegação americana ao Brasil na segunda quinzena de junho para discutirmos uma maneira de expandir e modernizar nossa cooperação. A comitiva será liderada pelo assessor de Ciência e Tecnologia do secretário de estado dos EUA”, disse.

Ele observou semana passada eu recebeu a visita do presidente da Academia de Ciência da China e que não se trata apenas de uma relação com os países desenvolvidos e sim uma cooperação com países capacitados em ciência e tecnologia que possam trocar experiência e realizar projetos conjuntos.

Sardemberg disse que há maior abertura nas negociações com outros países na área de ciência e tecnologia porque a competência da comunidade científica está crescendo muito no Brasil.

“Isso é resultado dos investimentos feitos no setor, o país hoje forma mais de seis mil doutores, produz mais de 12 mil artigos reconhecidos internacionalmente. Estamos tentando alinhar o Brasil à situação internacional, procurando fortalecer pesquisas nas empresas e fazendo com que boas idéias de universidades e centros de pesquisa cheguem ao mercado”, relatou.

O ministro acrescentou que os Fundos de Desenvolvimento Científico e Tecnológico terão em 2002 investimentos no valor de R$ 1 bilhão e que está procurando adaptar o país ao modelo vencedor que torna as empresas mais competitivas em termos tecnológicos e que isso terá impacto internamente e nas exportações.

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20/05/2002