Brasil não consegue cumprir meta de reduzir o analfabetismo

Imprensa - 16/02/2017

O Brasil não conseguiu cumprir a meta de reduzir o analfabetismo no país em 50% até o ano de 2015. O índice foi proposto pelo programa Educação para Todos, em que apenas 28% dos 139 países participantes conseguiram atingir bons resultados. O dado é de um levantamento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), divulgado esta semana.

O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) lamenta os resultados e responsabiliza a gestão do PT pela situação. “Tivemos um hiato de treze anos que não levou em conta as necessidades que o país tinha em cumprir essas metas. Portanto, é claro que nós vamos ter um atraso nisso porque o governo Lula e Dilma não fizeram o dever de casa. Ou seja, descumpriram aquilo que era mais sagrado para a população brasileira – que era  o investimento na área da educação. Não fizeram. Fizeram, na verdade, muito discurso de promessas e não cumpriram.”

Segundo a Unesco, o mundo tinha, em 2015, 758 milhões de adultos sem capacidade de ler e escrever uma simples frase. Cerca de 85% desse total são adultos com mais de 25 anos, portanto, são consideradas gerações distantes de idades mais propícias para a vida escolar, oferecendo assim, maiores obstáculos para aprendizagem.

O deputado Vanderlei Macris indica o investimento da educação como prioridade para o país.

“É investimento. Investimento, seriedade e fazer com que o dinheiro chegue na ponta. Ou seja, os recursos  gastos, na verdade, ficavam pelo meio do caminho. O investimento é a grande alternativa. A única alternativa é a gente poder dar uma educação para o país, uma educação básica e condições de poder cumprir essas metas todas estabelecidas.”

A falta de educação de qualidade afeta mais as mulheres do que os homens. Segundo o relatório da Unesco, 63% dos adultos com pouca alfabetização são mulheres. A taxa de meninas fora da escola também quase é 2% mais alta do que entre os meninos participantes da pesquisa.

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16/02/2017