Brasil perde mais de meio milhão de vagas formais no primeiro semestre, pior resultado desde 2002

Imprensa - 28/07/2016

Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas Carteira de TrabalhoOs dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho confirmam que o desemprego é um dos maiores legados negativos deixados pelas gestões do PT ao país. As demissões superaram as contratações em mais de meio milhão de vagas formais no primeiro semestre deste ano. Foi o pior resultado para um primeiro semestre desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, lançada em 2002. Junho foi o 15º mês seguido com mais demissões que contratações de trabalhadores com carteira assinada: foram 91 mil postos formais a menos.

“Isso não se dá de um dia pro o outro. Temos que trabalhar muito para que o Brasil recupere o espaço nesse tempo que foi perdido, em termos de colocação, de geração de emprego, de negócios. O Brasil precisa voltar a ter a mesma credibilidade que já teve, não só resgatando a auto-estima da população brasileira, mas fazendo com que haja credibilidade no mercado internacional para que a gente possa suprir essa demanda e devolver o emprego à população brasileira”, avaliou o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

Apesar de negativo, o resultado do mês passado foi menos ruim do que o registrado em junho de 2015, quando foram fechados 111.199 postos de trabalho – pior resultado para meses de junho desde o início da série histórica do indicador, em 1992. Tripoli acredita que a nova equipe econômica, do presidente interino, Michel Temer, que agora está à frente do país, tem condições de retirar o Brasil do atoleiro.

“A expectativa é muito grande. Pelas pesquisas você nota que a população brasileira confia, acredita num modelo novo. Eu acho que ainda iremos passar por um momento difícil, mas com essa equipe e com esse novo modelo econômico, nós superaremos essas dificuldades”, destacou.

No primeiro semestre deste ano, de acordo com o Ministério do Trabalho, quase todos os setores da economia demitiram trabalhadores, com exceção da administração pública, que abriu 18.790 vagas, e da agricultura, com quase 90 mil empregos com carteira assinada. Entre as 20 cidades que mais demitiram desde o início do ano, 13 são capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Manaus, Brasília, Curitiba, Fortaleza, São Luis, Porto Alegre, Maceió, Teresina.

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28/07/2016